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UE critica casamento forçado de menina estuprada por marido

União Europeia pediu para Iêmen proibir casamentos forçados com menores de idade, após informações sobre morte de menina de 8 anos estuprada por marido de 40

Chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton: "convoco o governo iemenita a respeitar suas obrigações internacionais", disse (Frederick Florin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 12h40.

Bruxelas - A chefe da diplomacia da União Europeia , Catherine Ashton, pediu nesta sexta-feira que o Iêmen proíba os casamentos forçados com menores de idade, depois da divulgação de informações sobre a morte de uma menina de 8 anos estuprada por seu marido de 40 anos.

Segundo o Centro Iemenita para os Direitos Humanos, a menina, Rawan, faleceu por uma hemorragia interna depois de ter sido estuprada por um saudita de quarenta anos no quarto de um hotel da cidade de Al Hardh, onde passava sua noite de núpcias.

A menina havia sido cedida por seu padrasto.

O saudita, que pagou o equivalente a 2.000 euros pela união, não precisou se preocupar com nenhuma ação da justiça, segundo o organismo de direitos humanos. As autoridades legais negaram, por sua vez, a veracidade dos fatos.

Ashton, que se declarou consternada com as informações disponíveis, pediu que as autoridades iemenitas investigassem sem demora este caso.

"Convoco o governo iemenita a respeitar suas obrigações internacionais" em matéria de proteção dos direitos das crianças e a "reinstaurar imediatamente uma lei que imponha uma idade mínima para o casamento", acrescentou.

Ashton ressaltou que cabe ao Iêmen "instaurar um marco legislativo para impedir práticas que constituam violações flagrantes dos direitos humanos e que possam dar lugar a crimes terríveis".

Depois de vários casos de casamentos de menores que comoveram a opinião local e internacional, o Iêmen havia previsto fixar como idade mínima para o casamento 17 anos, mas esta regra não foi adiante pela pressão dos grupos tradicionalistas e islamitas.

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Segundo o Centro Iemenita para os Direitos Humanos, a menina, Rawan, faleceu por uma hemorragia interna depois de ter sido estuprada por um saudita de quarenta anos no quarto de um hotel da cidade de Al Hardh, onde passava sua noite de núpcias.

A menina havia sido cedida por seu padrasto.

O saudita, que pagou o equivalente a 2.000 euros pela união, não precisou se preocupar com nenhuma ação da justiça, segundo o organismo de direitos humanos. As autoridades legais negaram, por sua vez, a veracidade dos fatos.

Ashton, que se declarou consternada com as informações disponíveis, pediu que as autoridades iemenitas investigassem sem demora este caso.

"Convoco o governo iemenita a respeitar suas obrigações internacionais" em matéria de proteção dos direitos das crianças e a "reinstaurar imediatamente uma lei que imponha uma idade mínima para o casamento", acrescentou.

Ashton ressaltou que cabe ao Iêmen "instaurar um marco legislativo para impedir práticas que constituam violações flagrantes dos direitos humanos e que possam dar lugar a crimes terríveis".

Depois de vários casos de casamentos de menores que comoveram a opinião local e internacional, o Iêmen havia previsto fixar como idade mínima para o casamento 17 anos, mas esta regra não foi adiante pela pressão dos grupos tradicionalistas e islamitas.

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