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UE acusa Argentina de protecionismo antes de negociações

De acordo com o governo de Bruxelas, restrições a produtos do bloco impedem acordos com o Mercosul

A presidente argentina Cristina Kirchner: de acordo com os europeus, medidas da Argentina vão contra os acordos com a Organização Mundial do Comércio (.)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2010 às 14h34.

Bruxelas - A União Europeia acusou nesta segunda-feira a Argentina de protecionismo e pediu que o país deixe de bloquear as importações europeias, um chamado que ameaça criar obstáculos às tratativas para um TLC entre a UE e o Mercosul, que serão retomadas na terça-feira depois de seis anos de interrupção.

"Estamos muito preocupados" com as medidas protecionistas "recentes" tomadas pela Argentina e que têm "um impacto negativo em algumas exportações de produtos comestíveis da União Europeia (UE)" ao país latino-americano, declarou à AFP o porta-voz do Comércio da Comissão Europeia, John Clancy.

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Essas restrições são "contrárias aos compromissos tomados diante da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, portanto, pedimos a Buenos Aires que deixe de bloquear imediatamente estas importações europeias", completou o porta-voz.

Questionado sobre a possibilidade de Bruxelas denunciar a Argentina diante da OMC, Clancy afirmou que ainda não tomou nenhuma decisão e que o assunto será abordado "bilateralmente com as autoridades argentinas".

O chamado ocorre às vésperas de serem retomadas em Buenos Aires as negociações para um Tratado de Livre Comércio (TLC) entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai), suspensas desde 2004.

Sua reativação foi objeto de controvérsia desde que foi anunciada no início de maio, suscitando diversas acusações, essencialmente sobre barreiras comerciais, entre ambos os blocos.

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