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Ucrânia terá semana decisiva para a paz

Combates prosseguiram durante o fim de semana nas zonas rebeldes pró-russas, onde foi registrada a morte de onze civis

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: presidente disse nesta segunda-feira que os acordos pactados em setembro passado em Minsk são a "base de uma solução pacífica" do conflito (Sergei Supinsky/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 12h06.

Kiev - O governo ucraniano e representantes rebeldes começarão nesta terça-feira uma rodada de negociações de paz, a primeira em três meses, que coincide com a entrada em vigor de um novo cessar-fogo no leste da Ucrânia .

Os combates prosseguiram durante o fim de semana nas zonas rebeldes pró-russas, onde foi registrada a morte de onze civis.

No sábado, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou que existia um acordo de princípio para uma nova rodada de negociações em Minsk, a capital de Belarus.

Os chefes rebeldes prometeram respeitar a trégua pactada a partir de 9 de dezembro, mas eram menos categóricos em relação à data do início das negociações.

Algumas fontes falaram sobre terça-feira e outras sobre uma data posterior.

Poroshenko disse nesta segunda-feira que os acordos pactados em setembro passado em Minsk, que deram lugar a uma trégua muito pouco respeitada, são a "base de uma solução pacífica" do conflito.

Também convocou uma reunião do grupo de contato sobre a Ucrânia, do qual a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) faz parte, "o quanto antes".

O acordo de cessar-fogo que começa na terça-feira, 9 de dezembro, prevê que os dois campos levem suas forças para trás de uma linha de demarcação e retirem do front as armas pesadas.

No entanto, os observadores mostram-se prudentes, já que em ocasiões anteriores os protagonistas não respeitaram os acordos pactados.

Em Donetsk, reduto dos rebeldes pró-russos, os bombardeios prosseguiram até a noite de domingo. O aeroporto da cidade, em ruínas, é o ponto no qual os combates se focam.

Tensões entre Rússia e Ocidente

No campo diplomático prosseguem as tensões entre Rússia e os países ocidentais.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, acusou a Rússia de causar dificuldades aos seus vizinhos, principalmente a Ucrânia.

Merkel, por quem o presidente russo Vladimir Putin tem um grande respeito, também defendeu as sanções ocidentais contra a Rússia, dizendo que eram uma boa solução, apesar das consequências econômicas negativas nos países europeus.

Merkel atua em coordenação com o presidente francês, François Hollande, que no sábado se reuniu no aeroporto de Moscou com Putin com o objetivo de restabelecer o diálogo entre os dois países.

Desde abril mais de 4.300 pessoas morreram no conflito no leste do país, que também provoca graves consequências econômicas.

Uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) viaja a Kiev na terça-feira para analisar a situação com o novo governo.

O FMI, que prometeu uma ajuda de 27 bilhões de dólares à Ucrânia, exige em troca uma série de medidas muito impopulares, como o aumento das tarifas energéticas e uma diminuição do gasto social.

Os novos ministros de Economia e Finanças da Ucrânia, o lituano Aivaras Abromavicius e a americana Natalye Karesko, prometeram métodos radicais para cumprir com a política exigida pelo FMI.

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Kiev - O governo ucraniano e representantes rebeldes começarão nesta terça-feira uma rodada de negociações de paz, a primeira em três meses, que coincide com a entrada em vigor de um novo cessar-fogo no leste da Ucrânia .

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No sábado, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou que existia um acordo de princípio para uma nova rodada de negociações em Minsk, a capital de Belarus.

Os chefes rebeldes prometeram respeitar a trégua pactada a partir de 9 de dezembro, mas eram menos categóricos em relação à data do início das negociações.

Algumas fontes falaram sobre terça-feira e outras sobre uma data posterior.

Poroshenko disse nesta segunda-feira que os acordos pactados em setembro passado em Minsk, que deram lugar a uma trégua muito pouco respeitada, são a "base de uma solução pacífica" do conflito.

Também convocou uma reunião do grupo de contato sobre a Ucrânia, do qual a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) faz parte, "o quanto antes".

O acordo de cessar-fogo que começa na terça-feira, 9 de dezembro, prevê que os dois campos levem suas forças para trás de uma linha de demarcação e retirem do front as armas pesadas.

No entanto, os observadores mostram-se prudentes, já que em ocasiões anteriores os protagonistas não respeitaram os acordos pactados.

Em Donetsk, reduto dos rebeldes pró-russos, os bombardeios prosseguiram até a noite de domingo. O aeroporto da cidade, em ruínas, é o ponto no qual os combates se focam.

Tensões entre Rússia e Ocidente

No campo diplomático prosseguem as tensões entre Rússia e os países ocidentais.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, acusou a Rússia de causar dificuldades aos seus vizinhos, principalmente a Ucrânia.

Merkel, por quem o presidente russo Vladimir Putin tem um grande respeito, também defendeu as sanções ocidentais contra a Rússia, dizendo que eram uma boa solução, apesar das consequências econômicas negativas nos países europeus.

Merkel atua em coordenação com o presidente francês, François Hollande, que no sábado se reuniu no aeroporto de Moscou com Putin com o objetivo de restabelecer o diálogo entre os dois países.

Desde abril mais de 4.300 pessoas morreram no conflito no leste do país, que também provoca graves consequências econômicas.

Uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) viaja a Kiev na terça-feira para analisar a situação com o novo governo.

O FMI, que prometeu uma ajuda de 27 bilhões de dólares à Ucrânia, exige em troca uma série de medidas muito impopulares, como o aumento das tarifas energéticas e uma diminuição do gasto social.

Os novos ministros de Economia e Finanças da Ucrânia, o lituano Aivaras Abromavicius e a americana Natalye Karesko, prometeram métodos radicais para cumprir com a política exigida pelo FMI.

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