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Ucrânia marca dia nacional em desafio à Rússia

Rebeldes pró-Rússia responderam à provocação desfilando tropas ucranianas capturadas pelas ruas

Separatistas pró-Russia escoltando prisioneiros ucranianos durante um desfile de provocação em Donetsk (Maxim Shemetov/Reuters)

Separatistas pró-Russia escoltando prisioneiros ucranianos durante um desfile de provocação em Donetsk (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2014 às 11h26.

Kiev/Donetsk - A Ucrânia marcou seu dia de independência no domingo com uma marcha militar em Kiev com a intenção de enviar uma mensagem de desafio à Rússia, mas os rebeldes pró-Rússia também provocaram desfilando tropas ucranianas capturadas pelas ruas.

Os eventos rivais foram uma amostra da divisão que antecede o encontro na próxima terça-feira entre os presidentes russo Vladimir Putin e seu equivalente ucraniano, o primeiro em meses. 

As forças ucranianas estão tentando conter uma rebelião separatista pró-Moscou no leste do país, e no domingo intensos disparos de artilharia podiam ser ouvidos na região de Donetsk, que é dominada pelos revoltosos.

Na praça da independência em Kiev - cena dos protestos que tiraram do poder um presidente apoiado por Moscou e iniciaram a crise política, o presidente ucraniano Petro Poroshenko inspecionou colunas de soldados e veículos blindados. 

Algumas das tropas na marcha, segundo Poroshenko, estavam se dirigindo às linhas de frente no leste da Ucrânia.

Em um discurso desafiador e emocionado, Poroshenko disse que seu país estava lutando "uma guerra contra a agressão externa, pela Ucrânia, pela liberdade, por seu povo, e por sua independência".

A declaração foi dirigida a Moscou, que segundo Kiev está por trás da rebelião. 

"Está claro no futuro próximo, infelizmente, que uma ameaça militar constante pairará sobre a Ucrânia. E precisamos aprender não só a viver com isso, mas também a estarmos preparados para defender a independência do nosso país". 

Poroshenko anunciou que cerca de 3 bilhões seriam gastos para reequipar o exército entre 2015 e 2017. As forças armadas ucranianas são apenas uma fração do tamanho das forças russas. 

Depois que os protestos derrubaram o líder ucraniano apoiado pelo Kremlin, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em março, e partes do leste ucraniano povoadas por russos étnicos se rebelaram contra Kiev.

Kiev e seus aliados ocidentais dizem que Moscou respondeu aos avanços das forças governamentais ucranianas abastecendo clandestinamente os rebeldes com soldados e armas no leste do país, uma acusação negada pelo governo russo.

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