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Ucrânia luta contra o caos; Rússia preocupada com a paz

Novos confrontos foram registrados hoje no leste ucraniano, provocando temores de uma possível guerra civil

Soldado ucraniano patrulha rua de Slaviansk: Rússia afirmou que a crise ameaça a estabilidade e a paz na Europa (Vasily Maximov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 13h09.

Slaviansk -Novos confrontos foram registrados nesta segunda-feira no leste da Ucrânia , provocando temores de uma possível guerra civil, enquanto os ocidentais tentam retomar o diálogo com a Rússia , que afirma estar preocupada com a "paz" na Europa.

Um tiroteio intenso ocorreu durante várias horas na manhã desta segunda-feira nos arredores do reduto insurgente pró-russo de Slaviansk.

Os combates deixaram quatro mortos e 30 feridos entre os membros das forças de segurança da Ucrânia, anunciou o ministério do Interior.

Os rebeldes têm utilizado a população como "escudo" e também atearam fogo em casas, causando vítimas, de acordo com o ministério.

"Minha missão é eliminar os terroristas", declarou mais cedo o ministro do Interior, Arsen Avakov, em um posto de controle perto da zona de combate.

"A única tática é avançar pouco a pouco para o centro" de Slaviansk, acrescentou.

De acordo com o comandante da Guarda Nacional, Stepan Poltorak, também no local, "nossos adversários são bem treinados e bem equipados". "Eles fazem de tudo para nos obrigar a usar armas pesadas, mas não vamos fazer isso para poupar a população civil", ressaltou.

O comandante rebelde Vadim Orel afirmou à AFP que o Exército ucraniano atirou contra os insurgentes a partir de um helicóptero e utilizou foguetes perto de outra localidade 5 km ao sul de Slaviansk.

No domingo à noite, a porta-voz dos rebeldes, Stella Khorocheva, afirmou que os insurgentes haviam "recebido reforços" da Crimeia e da Chechênia (Rússia), mas sem especificar um número.

A paz na Europa ameaçada segundo Moscou

A Rússia, acusada pelo Ocidente e Kiev de estar por trás da desestabilização do leste e sul da Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira que a crise ameaça a estabilidade e a paz na Europa se a comunidade internacional não responder de maneira adequada às "violações em massa" dos direitos humanos.


Em um documento oficial, o "Livro Branco", publicado por Moscou, o ministério russo das Relações Exteriores estabelece uma lista das "violações em massa" dos direitos humanos cometidas na Ucrânia pelas "forças ultranacionalistas, extremistas e neonazistas".

"As consequências para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento democrático da Europa poderiam ser tão destrutivas que é necessário acabar por completo com as violações", afirma o ministério.

A lista "permite assegurar que estas violações têm um caráter maciço", afirma o ministério na introdução do documento de 80 páginas.

"A principal missão do Livro Branco é chamar a atenção da comunidade internacional sobre os fatos (...) já que até o momento não prestaram a devida atenção e sem tomar partido durante a crise", afirma o texto.

O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o "Livro Branco", segundo o Kremlin.

Por sua vez, o presidente ucraniano interino Olexander Turchinov denunciou a "guerra que está sendo travada contra nós".

"Devemos estar prontos para repelir esta agressão", alertou nesta segunda-feira após os incidentes mortais registrados em Odessa desde sexta-feira, que deixaram 40 mortos.

Segundo ele, "o objetivo (dos insurgentes pró-russos) é derrubar o governo em Kiev" e as provocações e incidentes podem ocorrer em todo o país.

"Esperamos atos de provocação em 9 de maio (feriado na Ucrânia e na Rússia para celebrar a vitória sobre a Alemanha nazista), e não apenas na capital", disse ele.

Neste clima de tensão, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon ofereceu a mediação para encontrar uma solução para a crise na Ucrânia, em um comunicado à AFP.

"Eu estou pronto para desempenhar um papel, se necessário", disse o chefe da ONU, atualmente em visita a Abu Dhabi.

Ban indicou estar em contato com todas as partes envolvidas e citou as autoridades da Ucrânia, a liderança russa, a União Europeia e os Estados Unidos.

Ele manifestou "profunda preocupação" com a violência na Ucrânia e pediu a aplicação imediata do acordo de 17 de abril concluído em Genebra entre "todas as partes" em conflito.

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Slaviansk -Novos confrontos foram registrados nesta segunda-feira no leste da Ucrânia , provocando temores de uma possível guerra civil, enquanto os ocidentais tentam retomar o diálogo com a Rússia , que afirma estar preocupada com a "paz" na Europa.

Um tiroteio intenso ocorreu durante várias horas na manhã desta segunda-feira nos arredores do reduto insurgente pró-russo de Slaviansk.

Os combates deixaram quatro mortos e 30 feridos entre os membros das forças de segurança da Ucrânia, anunciou o ministério do Interior.

Os rebeldes têm utilizado a população como "escudo" e também atearam fogo em casas, causando vítimas, de acordo com o ministério.

"Minha missão é eliminar os terroristas", declarou mais cedo o ministro do Interior, Arsen Avakov, em um posto de controle perto da zona de combate.

"A única tática é avançar pouco a pouco para o centro" de Slaviansk, acrescentou.

De acordo com o comandante da Guarda Nacional, Stepan Poltorak, também no local, "nossos adversários são bem treinados e bem equipados". "Eles fazem de tudo para nos obrigar a usar armas pesadas, mas não vamos fazer isso para poupar a população civil", ressaltou.

O comandante rebelde Vadim Orel afirmou à AFP que o Exército ucraniano atirou contra os insurgentes a partir de um helicóptero e utilizou foguetes perto de outra localidade 5 km ao sul de Slaviansk.

No domingo à noite, a porta-voz dos rebeldes, Stella Khorocheva, afirmou que os insurgentes haviam "recebido reforços" da Crimeia e da Chechênia (Rússia), mas sem especificar um número.

A paz na Europa ameaçada segundo Moscou

A Rússia, acusada pelo Ocidente e Kiev de estar por trás da desestabilização do leste e sul da Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira que a crise ameaça a estabilidade e a paz na Europa se a comunidade internacional não responder de maneira adequada às "violações em massa" dos direitos humanos.


Em um documento oficial, o "Livro Branco", publicado por Moscou, o ministério russo das Relações Exteriores estabelece uma lista das "violações em massa" dos direitos humanos cometidas na Ucrânia pelas "forças ultranacionalistas, extremistas e neonazistas".

"As consequências para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento democrático da Europa poderiam ser tão destrutivas que é necessário acabar por completo com as violações", afirma o ministério.

A lista "permite assegurar que estas violações têm um caráter maciço", afirma o ministério na introdução do documento de 80 páginas.

"A principal missão do Livro Branco é chamar a atenção da comunidade internacional sobre os fatos (...) já que até o momento não prestaram a devida atenção e sem tomar partido durante a crise", afirma o texto.

O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o "Livro Branco", segundo o Kremlin.

Por sua vez, o presidente ucraniano interino Olexander Turchinov denunciou a "guerra que está sendo travada contra nós".

"Devemos estar prontos para repelir esta agressão", alertou nesta segunda-feira após os incidentes mortais registrados em Odessa desde sexta-feira, que deixaram 40 mortos.

Segundo ele, "o objetivo (dos insurgentes pró-russos) é derrubar o governo em Kiev" e as provocações e incidentes podem ocorrer em todo o país.

"Esperamos atos de provocação em 9 de maio (feriado na Ucrânia e na Rússia para celebrar a vitória sobre a Alemanha nazista), e não apenas na capital", disse ele.

Neste clima de tensão, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon ofereceu a mediação para encontrar uma solução para a crise na Ucrânia, em um comunicado à AFP.

"Eu estou pronto para desempenhar um papel, se necessário", disse o chefe da ONU, atualmente em visita a Abu Dhabi.

Ban indicou estar em contato com todas as partes envolvidas e citou as autoridades da Ucrânia, a liderança russa, a União Europeia e os Estados Unidos.

Ele manifestou "profunda preocupação" com a violência na Ucrânia e pediu a aplicação imediata do acordo de 17 de abril concluído em Genebra entre "todas as partes" em conflito.

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