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Tzipi Livni assumirá processo de paz israelense-palestino

A ex-ministra israelense das Relações Exteriores também assumirá a pasta da Justiça no futuro governo de Benjamin Netanyahu

Ex-ministra Tzipi Livni comparece a encontro em Jerusalém, em 5 de fevereiro de 2013 (AFP / Uriel Sinai)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 08h00.

Jerusalém - A ex-ministra israelense das Relações Exteriores Tzipi Livni se encarregará das negociações de paz com os palestinos e assumirá a pasta da Justiça no futuro governo de Benjamin Netanyahu, informou esta terça-feira, em um comunicado, o partido do premier.

Livni, líder do partido de centro Hatnuá, será a nova ministra da Justiça e "a negociadora com os palestinos para conseguir um acordo que ponha fim ao conflito", anunciou em um comunicado o partido Likud-Beitenu, de Netanyahu.

No começo do mês, Benjamin Netanyahu iniciou oficialmente as negociações com os partidos políticos para formar sua nova coalizão governamental depois das eleições legislativas de 22 de janeiro.

A chegada de Livni ao governo era algo aguardado e o fato de se encarregar do processo de paz não é uma surpresa, já que a ex-chefe da diplomacia israelense concentrou sua campanha eleitoral na retomada das conversas com o palestino.

O presidente americano, Barack Obama, tem feito pressão neste sentido e visitará Israel no mês que vem.

"A nomeação da senhora Livni (...) será um sinal positivo se tiver um mandato pleno e poderes amplos para gerir o assunto", reagiu, em declarações à AFP, o conselheiro político do presidente Mahmud Abbas, Nimr Hamad.


"Livni entrou profundamente nos detalhes das negociações, sobre as quais tem um conhecimento extenso e uma visão clara de uma solução. Sabe o que pode levar ao sucesso ou ao fracasso", acrescentou Hamad, referindo-se às conversas de paz conduzidas sob o mandato do premier Ehud Olmert, em 2008.

Para retomar as negociações de paz, interrompidas desde setembro de 2010, o presidente palestino, Mahmud Abbas, reivindica a suspensão da colonização israelense e o reconhecimento das fronteiras anteriores à guerra de junho de 1967 como base para as discussões.

"Devemos fazer todos os esforços possíveis para promover um processo de paz responsável com os palestinos", disse Netanyahu, ao lado de Livni, pedindo uma união de forças.

O premier explicou que trabalharão juntos para propiciar "um processo de paz com os palestinos com o objetivo de alcançar uma paz entre dois Estados nação".

"Queremos negociar. Insistirei para que todo o processo garanta os interesses nacionais e a segurança de Israel", insistiu Netanyahu.

"O processo diplomático está no centro das nossas vidas", afirmou Livni.

A ex-chanceler, de 54 anos, é uma das poucas mulheres no alto escalão da política israelense. Ela chefiou a diplomacia do país entre 2006 e 2009 e foi comparada em várias ocasiões com Golda Meir, a matriarca de mão de ferro que ocupou o cargo de primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974.

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Jerusalém - A ex-ministra israelense das Relações Exteriores Tzipi Livni se encarregará das negociações de paz com os palestinos e assumirá a pasta da Justiça no futuro governo de Benjamin Netanyahu, informou esta terça-feira, em um comunicado, o partido do premier.

Livni, líder do partido de centro Hatnuá, será a nova ministra da Justiça e "a negociadora com os palestinos para conseguir um acordo que ponha fim ao conflito", anunciou em um comunicado o partido Likud-Beitenu, de Netanyahu.

No começo do mês, Benjamin Netanyahu iniciou oficialmente as negociações com os partidos políticos para formar sua nova coalizão governamental depois das eleições legislativas de 22 de janeiro.

A chegada de Livni ao governo era algo aguardado e o fato de se encarregar do processo de paz não é uma surpresa, já que a ex-chefe da diplomacia israelense concentrou sua campanha eleitoral na retomada das conversas com o palestino.

O presidente americano, Barack Obama, tem feito pressão neste sentido e visitará Israel no mês que vem.

"A nomeação da senhora Livni (...) será um sinal positivo se tiver um mandato pleno e poderes amplos para gerir o assunto", reagiu, em declarações à AFP, o conselheiro político do presidente Mahmud Abbas, Nimr Hamad.


"Livni entrou profundamente nos detalhes das negociações, sobre as quais tem um conhecimento extenso e uma visão clara de uma solução. Sabe o que pode levar ao sucesso ou ao fracasso", acrescentou Hamad, referindo-se às conversas de paz conduzidas sob o mandato do premier Ehud Olmert, em 2008.

Para retomar as negociações de paz, interrompidas desde setembro de 2010, o presidente palestino, Mahmud Abbas, reivindica a suspensão da colonização israelense e o reconhecimento das fronteiras anteriores à guerra de junho de 1967 como base para as discussões.

"Devemos fazer todos os esforços possíveis para promover um processo de paz responsável com os palestinos", disse Netanyahu, ao lado de Livni, pedindo uma união de forças.

O premier explicou que trabalharão juntos para propiciar "um processo de paz com os palestinos com o objetivo de alcançar uma paz entre dois Estados nação".

"Queremos negociar. Insistirei para que todo o processo garanta os interesses nacionais e a segurança de Israel", insistiu Netanyahu.

"O processo diplomático está no centro das nossas vidas", afirmou Livni.

A ex-chanceler, de 54 anos, é uma das poucas mulheres no alto escalão da política israelense. Ela chefiou a diplomacia do país entre 2006 e 2009 e foi comparada em várias ocasiões com Golda Meir, a matriarca de mão de ferro que ocupou o cargo de primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974.

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