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Turquia promete limpar o EI de fronteira após ataque

O presidente Tayyp Erdogan disse no domingo que o autor do ataque suicida a bomba tinha entre 12 e 14 anos de idade


	Ataque: o ataque de sábado na cidade de Gaziantep, no sudeste turco, foi o mais mortal registrado na Turquia neste ano
 (Osman Orsal / Reuters)

Ataque: o ataque de sábado na cidade de Gaziantep, no sudeste turco, foi o mais mortal registrado na Turquia neste ano (Osman Orsal / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 19h16.

Ancara / Istambul - A Turquia prometeu nesta segunda-feira “limpar completamente” a sua região de fronteira dos militantes do Estado Islâmico após um atentado suicida a bomba, cujo autor é suspeito de ter ligações com o grupo, haver matado 54 pessoas, incluindo 22 crianças, durante um casamento curdo.

O ataque de sábado na cidade de Gaziantep, no sudeste turco, foi o mais mortal registrado na Turquia neste ano.

O presidente Tayyp Erdogan disse no domingo que o autor do ataque suicida a bomba tinha entre 12 e 14 anos de idade, acrescentando que as evidências iniciais apontavam para o Estado Islâmico.

O primeiro-ministro Binali Yildirim, entretando, disse a jornalistas em Ancara nesta segunda-feira ser ainda muito cedo para determinar a organização responsável ou se o ataque havia sido realizado por uma criança.

Uma importante autoridade da área de segurança afirmou à Reuters que o dispositivo usado era do mesmo tipo do empregado no ataque suicida de julho de 2015 na cidade fronteiriça de Suruc e no atentado suicida a bomba de outubro de 2015 num comício de ativistas em prol dos curdos em Ancara.

O Estado Islâmico foi responsabilizado pelas duas ações. O grupo tem atacado os curdos num aparente esforço para intensificar ainda mais as tensões étnicas já acirradas pela longa insurgência curda.

O ataque de Ancara foi a ação mais mortal desse tipo na Turquia, com mais de cem mortes.

“O Daesh deve ser limpado completamente das nossas fronteiras, e nós estamos prontos para fazer o que for necessário para isso”, declarou o ministro do Exterior, Mevlut Cavusoglu, em entrevista em Ancara, usando um nome árabe para o grupo.

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