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Turquia nega que operação em Afrin tenha matado civis

Segundo autoridades, desde o início da operação até a manhã de hoje, 1.780 "terroristas", em referência aos milicianos do YPG, foram "neutralizados"

Afrin: "Esqueça-se de matar, nem sequer algum sangrou pelo nariz", disse um porta-voz turco (Khalil Ashawi/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 11h43.

Ancara - O Governo da Turquia negou nesta quinta-feira ter matado civis durante o primeiro mês da operação contra a milícia curdo-síria que domina o enclave de Afrin, no extremo noroeste da Síria.

Bekir Bozdag, porta-voz do Governo e vice-primeiro-ministro turco, afirmou em entrevista à agência semipública turca de notícias Anadolu que "nas operações do Exército turco (em Afrin) até hoje não foi ferido a um só civil. Esqueça-se de matar, nem sequer algum sangrou pelo nariz".

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Bozdag negou assim as informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos, segundo o qual pelo menos 112 civis morreram desde o início da ofensiva militar em 20 de janeiro.

Por sua vez, o Partido Democrático dos Povos (HDP), a terceira força parlamentar da Turquia e a única que se opõe à operação militar em Afrin, acusa as autoridades turcas de "mentir" a respeito.

"Há mulheres e crianças que morreram sob os bombardeios turcos, temos fotografias. A maioria dos mortos em Afrin são civis. O Governo desinforma, mente", disse hoje em um encontro com a imprensa Pervin Buldan, copresidente do partido.

O Exército turco comunicou que desde o início da operação até a manhã de hoje, 1.780 "terroristas", em referência aos milicianos do YPG, foram "neutralizados" (mortos, feridos ou capturados) na operação.

Bozdag também minimizou a importância das informações que apontam que forças aliadas com o regime sírio de Bashar Al-Assad entraram em Afrin para apoiar a YPG contra a Turquia.

"Ouvimos que a YPG e o regime (sírio) estão em meio a negociações por Afrin, mas (ainda) não alcançaram um acordo. A Turquia continuará esta luta até acabar com as organizações e seus terroristas na região", disse.

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