Jornalista da Arábia Saudita, Jamal Khashoggi, desaparece em consulado na Turquia (Osman Orsal/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 09h01.
Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 09h03.
Istambul - A polícia da Turquia não encontrou rastros de DNA nas mostras de água do poço localizado na casa do cônsul saudita, em Istambul, um dos dois edifícios investigados no caso do jornalista saudita Jamal Khashoggi, informa nesta sexta-feira o jornal turco "Hürriyet".
As equipes turcas puderam entrar pela primeira vez no consulado no último dia 15, treze dias depois do assassinato de Khashoggi no local, como já admitiu Riad, e dois dias mais tarde obtiveram permissão também para realizar uma busca na residência do cônsul, a apenas 200 metros de distância.
Os turcos tentaram esvaziar a água do poço localizado na residência, mas as autoridades sauditas não permitiram o acesso dos bombeiros ao local, já que o endereço não constava na lista previamente acordada.
Os agentes finalmente conseguiram inspecionar o poço com uma câmera e coletaram amostras de água, que foram enviadas para um laboratório, onde não foi detectado nenhum rastro de DNA, informa o jornal.
Por outra parte, o "Hürriyet" revela hoje que todos os veículos do consulado foram submetidos a uma profunda limpeza profissional antes que as equipes turcas tivessem permissão para analisá-los.
Também foi revelado que a roupa encontrada no carro com placa diplomática, estacionado há semanas em um bairro de Sultangazi e achada na última segunda-feira, pertencia a um dos funcionários do consulado, acrescenta o jornal. EFE