Tunísia faz operação militar contra grupo armado
Operação aérea e terrestre do Exército tunisiano ocorreu perto da fronteira com a Argélia
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 12h40.
Kasserine - O Exército tunisiano conduziu nesta sexta-feira uma operação aérea e terrestre de grande alcance contra um grupo armado no monte Chaambi, perto da fronteira argelina, onde oito soldados foram mortos, enquanto o governo, dirigido por islamitas, continuava desestabilizado pela crise política .
"Ontem (quinta-feira) por volta das 22h00 (18h00 de Brasília), confrontos entre militantes e um grupo terrorista começaram", indicou o porta-voz das forças armadas tunisianas, Taufik Rahmuni, à emissora de rádio Mosaique FM.
"Ao amanhecer (desta sexta-feira) uma operação de grande alcance, com a utilização de unidades aéreas e terrestres, começou para limpar a montanha" Chaambi, acrescentou.
"Até o momento, não matamos nem detivemos terroristas", disse, indicando que não podia informar de quantos combatentes o grupo armado era composto.
O exército tunisiano persegue desde dezembro no monte Chaambi um grupo chamado "Phalange Okba Ibn Nafaâ", considerado por ele relacionado à Al-Qaeda.
As explosões podiam ser ouvidas de Kasserine, cidade vizinha localizada a 15 km de distância, segundo um jornalista da AFP.
Um grupo de militantes salafistas, doutrina extremista do islã sunita, foi detido em um mesquita nesta cidade, de acordo com uma fonte militar.
No monte Chaambi, oito militares tunisianos foram assassinados e mutilados em uma emboscada na segunda-feira.
Desde dezembro, outros três militares e um policial morreram e outros vinte ficaram feridos neste monte.
As forças tunisianas ainda não conseguiram neutralizar o grupo, mas cerca de 40 supostos cúmplices foram presos nos últimos meses.
A emboscada de segunda-feira agravou uma crise política que foi desencadeada no dia 25 de julho com o assassinato a tiros do deputado opositor Mohamed Brahmi, um crime atribuído ao movimento jihadista.
Nenhuma solução para próxima para resolver a crise, enquanto diversos grupos de oposição e representantes da sociedade civil, que até o momento não conseguiram chegar a um posicionamento comum, exigindo a saída do governo dirigido pelos islamitas do Ennahda.
Alguns desejam ainda a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, eleita em outubro de 2011, mas cujos trabalhos não saem do impasse.
O Ennahda rejeita essas reivindicações, propondo formar uma coalizão ampla e realizar eleições em 17 de dezembro. O primeiro-ministro Ali Larayedh e o presidente Moncef Marzouki, um laico aliado aos islamitas, realizaram as primeiras consultas com os partidos na quinta-feira.
Mas as divergências são muitas mesmo dento do governo. Um partido laico aliado ao Ennahda e dois ministros querem a renúncia do atual gabinete.
Nas ruas, a mobilização de militantes de ambos os lados continuam uma semana após a morte de um membro da oposição, milhares de manifestantes têm se reunido todas as noites em frente ao ANC depois de quebrar o jejum do Ramadã.
Se os críticos do regime são mais numerosos a ocupar as ruas, o Ennahda convocou uma manifestação em massa "contra o terrorismo" e para defender a sua legitimidade para sábado à noite.
Desde a revolução de janeiro de 2011, a Tunísia enfrenta o surgimento de grupos islâmicos violentos. A oposição laica acusa o Ennahda de laxismo e incompetência para desmantelar estes grupos.
O assassinato do deputado Brahmi é o segundo do tipo, depois da morte do opositor Chokri Belaid em fevereiro que levou à queda do primeiro governo liderado pelo Ennahda.
O Ministério do Interior estabeleceu uma ligação entre os dois assassinatos, a mesma arma foi utilizada nos dois crimes e os assassinos foram identificados. Os dois, apresentados como militantes salafistas, no entanto, não foram presos e não há indicações sobre os mandantes.
As autoridades tunisinas indicaram um vínculo existente entre o grupo Chaambi, os assassinos dos opositores e a principal organização tunisina salafista, Ansar Ashariaa, liderada por um veterano da guerra no Afeganistão, Abu Iyadh.
O movimento rejeitou estas acusações.
Kasserine - O Exército tunisiano conduziu nesta sexta-feira uma operação aérea e terrestre de grande alcance contra um grupo armado no monte Chaambi, perto da fronteira argelina, onde oito soldados foram mortos, enquanto o governo, dirigido por islamitas, continuava desestabilizado pela crise política .
"Ontem (quinta-feira) por volta das 22h00 (18h00 de Brasília), confrontos entre militantes e um grupo terrorista começaram", indicou o porta-voz das forças armadas tunisianas, Taufik Rahmuni, à emissora de rádio Mosaique FM.
"Ao amanhecer (desta sexta-feira) uma operação de grande alcance, com a utilização de unidades aéreas e terrestres, começou para limpar a montanha" Chaambi, acrescentou.
"Até o momento, não matamos nem detivemos terroristas", disse, indicando que não podia informar de quantos combatentes o grupo armado era composto.
O exército tunisiano persegue desde dezembro no monte Chaambi um grupo chamado "Phalange Okba Ibn Nafaâ", considerado por ele relacionado à Al-Qaeda.
As explosões podiam ser ouvidas de Kasserine, cidade vizinha localizada a 15 km de distância, segundo um jornalista da AFP.
Um grupo de militantes salafistas, doutrina extremista do islã sunita, foi detido em um mesquita nesta cidade, de acordo com uma fonte militar.
No monte Chaambi, oito militares tunisianos foram assassinados e mutilados em uma emboscada na segunda-feira.
Desde dezembro, outros três militares e um policial morreram e outros vinte ficaram feridos neste monte.
As forças tunisianas ainda não conseguiram neutralizar o grupo, mas cerca de 40 supostos cúmplices foram presos nos últimos meses.
A emboscada de segunda-feira agravou uma crise política que foi desencadeada no dia 25 de julho com o assassinato a tiros do deputado opositor Mohamed Brahmi, um crime atribuído ao movimento jihadista.
Nenhuma solução para próxima para resolver a crise, enquanto diversos grupos de oposição e representantes da sociedade civil, que até o momento não conseguiram chegar a um posicionamento comum, exigindo a saída do governo dirigido pelos islamitas do Ennahda.
Alguns desejam ainda a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, eleita em outubro de 2011, mas cujos trabalhos não saem do impasse.
O Ennahda rejeita essas reivindicações, propondo formar uma coalizão ampla e realizar eleições em 17 de dezembro. O primeiro-ministro Ali Larayedh e o presidente Moncef Marzouki, um laico aliado aos islamitas, realizaram as primeiras consultas com os partidos na quinta-feira.
Mas as divergências são muitas mesmo dento do governo. Um partido laico aliado ao Ennahda e dois ministros querem a renúncia do atual gabinete.
Nas ruas, a mobilização de militantes de ambos os lados continuam uma semana após a morte de um membro da oposição, milhares de manifestantes têm se reunido todas as noites em frente ao ANC depois de quebrar o jejum do Ramadã.
Se os críticos do regime são mais numerosos a ocupar as ruas, o Ennahda convocou uma manifestação em massa "contra o terrorismo" e para defender a sua legitimidade para sábado à noite.
Desde a revolução de janeiro de 2011, a Tunísia enfrenta o surgimento de grupos islâmicos violentos. A oposição laica acusa o Ennahda de laxismo e incompetência para desmantelar estes grupos.
O assassinato do deputado Brahmi é o segundo do tipo, depois da morte do opositor Chokri Belaid em fevereiro que levou à queda do primeiro governo liderado pelo Ennahda.
O Ministério do Interior estabeleceu uma ligação entre os dois assassinatos, a mesma arma foi utilizada nos dois crimes e os assassinos foram identificados. Os dois, apresentados como militantes salafistas, no entanto, não foram presos e não há indicações sobre os mandantes.
As autoridades tunisinas indicaram um vínculo existente entre o grupo Chaambi, os assassinos dos opositores e a principal organização tunisina salafista, Ansar Ashariaa, liderada por um veterano da guerra no Afeganistão, Abu Iyadh.
O movimento rejeitou estas acusações.