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Túmulo de Jesus é aberto pela 1ª vez em pelo menos dois séculos

A operação atual deve permitir realizar análises de materiais e estruturas

Especialistas trabalham em restauração do túmulo (Gali Tibbon/AFP)

Especialistas trabalham em restauração do túmulo (Gali Tibbon/AFP)

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AFP

Publicado em 30 de outubro de 2016 às 14h48.

Cientistas abriram pela primeira vez em pelo menos dois séculos o local considerado pelos cristãos como sendo o túmulo de Jesus na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.

A placa de mármore que cobre o túmulo foi retirada por três dias como parte de obras de restauração, constatou um fotógrafo da AFP.

Esta é a primeira vez que a lápide é retirada desde pelo menos 1810, durante obras de restauração realizadas após um incêndio, informou o padre Samuel Aghovan, superior da igreja armênia.

"É emocionante porque é algo que estamos falando há séculos", disse o clérigo.

De acordo com a tradição cristã, o corpo de Jesus foi colocado em uma cama funeral escavada na rocha após sua crucificação pelos romanos no ano 30 ou 33. Os cristãos acreditam que Cristo ressuscitou e que mulheres que vieram ungir seu corpo três dias depois de seu funeral disseram que o corpo havia sumido.

A operação atual deve permitir realizar análises de materiais e estruturas, informaram especialistas à AFP.

Segundo a revista National Geographic, que dedicou um artigo aos trabalhos de restauração, "a retirada da lápide vai dar aos pesquisadores uma ocasião única para estudar a superfície do que é considerado o local mais sagrado para o cristianismo".

O projeto de restauração começou em maio.

O túmulo está localizado em uma pequena estrutura que foi reconstruída em mármore depois de um incêndio.

É apoiado por uma estrutura de metal, que mantém os blocos de mármore unidos. Mas eles acabam por se afastar sob a influência do tempo e atualmente do fluxo diário de milhares de peregrinos e turistas.

O trabalho de restauração será financiado pelas três principais denominações cristãs do Santo Sepulcro (ortodoxa grega, franciscanos, armênios) e por contribuições públicas e privadas.

Esta restauração está prevista para durar oito meses para ser concluída em 2017, e é realizada por especialistas gregos com o apoio da National Geographic Society.

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