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Trump visita El Paso, desta vez para condenar racismo

A visita à cidade do Texas acontece após dois massacres matarem 31 pessoas durante o final de semana

Homenagem a mortos no Texas: liberação de armas e imigração voltam ao centro dos debates nos EUA (Mario Tama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 06h40.

Última atualização em 7 de agosto de 2019 às 07h17.

Se em maio deste ano o presidente dos Estados Unidos Donald Trump encheu os pulmões para um discurso inflamado em na cidade texana de El Paso contra imigrantes, nesta quarta-feira, 7, o republicano voltará à cidade que faz fronteira com o México para prestar condolências aos 22 mortos de um massacre causado por um supremacista branco.

Pela primeira vez desde que assumiu a presidência, Trump culpou o racismo por atentados. A oposição democrata diz que os crimes de ódio são em parte reflexo das falas do presidente.

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Nos massacres do final de semana realizados por agressores brancos em El Paso e em Dayton, Ohio, 31 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas. Autoridades mexicanas informaram que oito cidadãos do país estão entre as vítimas fatais.

Em um pronunciamento transmitido pela tevê, Trump confirmou que visitará El Paso nessa quarta-feira e descreveu o tiroteio como um “crime contra toda a humanidade”. O presidente também condenou a superioridade racial em um episódio inédito. “Nossa nação deve condenar o racismo, o fanatismo e a supremacia branca”, disse.

No último sábado, um atirador identificado como um homem branco de 21 anos que foi preso após o atentado, invadiu um supermercado da rede Walmart, em El Paso, e fez 22 vítimas, entre 2 e 82 anos.

Um manifesto supostamente escrito pelo autor do massacre há um trecho que critica a “invasão hispânica” do Texas. El Paso fica perto da fronteira com a mexicana Ciudad Juárez e sua população é em grande parte de origem hispânica. Em maio, o próprio presidente Donald Trump criticou a “invasão” de imigrantes latino-americanos no país.

Mas debate sobre o fácil acesso a armas no país deve voltar a ser ignorado por Trump nesta quarta-feira. O Walmart confirmou que continuará vendendo armamentos e Trump se esquivou do assunto dizendo que“doença mental e o ódio apertam o gatilho, não as armas”. Sem nomear Trump, o ex-presidente Barack Obama disse que a retórica divisora dos líderes americanos é parte do problema que leva a crimes de ódio.

A dúvida que fica é até onde Trump, que tem grandes chances de ser reeleito, está disposto a ir para minimizar as chances de novos massacres. O discurso de El Paso deve fornecer algumas pistas.

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