Trump promete nova redução de impostos corporativos se eleito
Ex-presidente dos EUA afirma que pretende reduzir a taxa de imposto corporativo para 20% caso retome o poder
Redator na Exame
Publicado em 14 de junho de 2024 às 06h31.
Última atualização em 14 de junho de 2024 às 10h36.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a um grupo de executivos de grandes empresas americanas que pretende reduzir a taxa de imposto corporativo de 21% para 20%, caso seja reeleito. A declaração foi feita em um encontro privado com líderes empresariais em Washington, organizado pela Business Roundtable, um influente grupo corporativo.
De acordo com o The New York Times, Trump afirmou que essa redução na taxa de imposto tornaria as empresas americanas mais competitivas e criaria empregos. Durante seu primeiro mandato, em 2017, ele já havia reduzido a taxa de 35% para 21%, o que, segundo ele, foi um dos fatores que impulsionaram a economia dos EUA até a pandemia de COVID-19. O ex-presidente ressaltou que pretende estender todas as partes da lei de corte de impostos de 2017, que estão programadas para expirar em 2025, se o Congresso não aprovar nova legislação.
Enquanto o candidato republicano busca apoio entre os líderes empresariais, seu principal oponente, o presidente Joe Biden, propõe uma abordagem diferente. O dono atual do cargo quer manter as taxas reduzidas para rendas modestas e médias, mas permitir que os impostos sobre rendas pessoais acima de 400 mil dólares e sobre grandes heranças aumentem novamente. Ele também propôs elevar a taxa de imposto corporativo para 28%, argumentando que essa medida compensaria a perda de receita do governo e não aumentaria a dívida nacional.
Facilitação para empresas
Trump, por sua vez, também destacou seu desejo de acelerar o processo de licenciamento para negócios e reiterou seu compromisso com a desregulamentação. No entanto, ele continua a apoiar medidas econômicas controversas, como a imposição de tarifas mais altas sobre a maioria dos bens importados, o que poderia aumentar os custos para as empresas que dependem de matérias-primas e equipamentos importados e desencadear uma guerra comercial global.
A Business Roundtable também ouviu o chefe de gabinete da Casa Branca, Jeffrey D. Zients, que defendeu as políticas econômicas da administração Biden, que destacou a recuperação econômica dos EUA após a pandemia e as estratégias do governo para competir com a China, argumentando que guerras comerciais e deportações em massa prejudicariam o país.
Embora muitos líderes empresariais tenham criticado as políticas de Biden, a audiência pareceu receptiva aos argumentos de Zients. No entanto,a busca de Trump por apoio entre os executivos empresariais demonstra que ele continua a ser uma figura influente no cenário político e econômico dos Estados Unidos.