Trump pede socorro para setor petrolífero após queda de preços
o presidente americano disse que o secretário de Energia e o do Tesouro já estão trabalhando em um plano de estímulo
Reuters
Publicado em 21 de abril de 2020 às 15h52.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta terça-feira, 21, que pediu ao seu gabinete a criação de um plano para injetar dinheiro na combalida indústria petrolífera do país e ajudá-la a sobreviver à queda histórica dos preços do combustível causada, em parte, pelo novo coronavírus .
"Jamais decepcionaremos a grande indústria de petróleo e gás dos EUA. Instruí o secretário de Energia e o secretário do Tesouro a formularem um plano que disponibilizará fundos para que estas empresas e empregos muito importantes fiquem protegidos", tuitou Trump.
Do estado do Texas ao Wyoming, companhias de petróleo e gás norte-americanas vêm lutando para evitar a falência em meio à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a população fique em casa para desacelerar o surto da covid-19.
Os contratos futuros do petróleo dos EUA, que é o tipo WTI, caíram a ponto de serem negociados por valores negativos na segunda-feira. Os especuladores que detinham esses contratos pagaram para quem quisesse ficar com eles.
Na semana passada, o secretário de Energia americano, Dan Brouillette, disse que está trabalhando com o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, para quase dobrar o limite de crédito disponível para empresas de energia de médio porte do país. A medida é parte do pacote de estímulo econômico recém-aprovado de cerca de 250 milhões de dólares conhecido como Lei Cares.
A Whiting Petroleum foi a primeira grande produtora a pedir uma renegociação de sua dívida em 1º de abril. Outras, como Chesapeake, Denbury Resources e Callon Petroleum contrataram especialistas em reestruturação de débitos.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) mais a Rússia anunciaram recentemente cortes de produção de quase 10% do suprimento global. A demanda caiu até 30% em meio à pandemia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os maiores produtores mundiais de petróleo podem voltar a conversar para rever novamente seu acordo de produção se for necessário.