Trump ofereceu "bom acordo" para China ajudar com Coreia do Norte
O presidente americano disse nesta quarta-feira que tem "boa química" com seu homólogo da China, Xi Jinping
EFE
Publicado em 12 de abril de 2017 às 18h44.
Última atualização em 12 de abril de 2017 às 18h59.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta quarta-feira que tem "boa química" com seu homólogo da China , Xi Jinping, e reiterou que lhe ofereceu um "bom acordo" comercial se ajudasse com o problema da Coreia do Norte.
"Tivemos uma muito boa química (...) Acredito que (a China) quer nos ajudar com a Coreia do Norte", declarou Trump em uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, sobre sua reunião da semana passada com Xi na Flórida.
O governante americano declarou que tinha indicado ao presidente Xi que a China poderia obter "um bom acordo" comercial com os EUA se colaborasse na solução da escalada de tensão com a Coreia do Norte, mas também que estava disposto a solucionar a questão "sozinho".
"Eu disse (ao presidente chinês) que daríamos as boas-vindas à ajuda com a Coreia do Norte ou seguiríamos em frente. Mas se vamos seguir, vamos com outras nações", destacou Trump, sem oferecer mais detalhes a respeito.
Perguntado se a colaboração da China faria com que seu governo não declarasse Pequim como um país manipulador de moedas, algo que acarretaria sanções econômicas por parte de Washington, o presidente se limitou a dizer que "já veremos isso".
Durante a campanha eleitoral de 2016, Trump criticou a China por intervir no valor de sua moeda para ganhar vantagens comerciais, e advertiu que poderia impor uma forte tarifa às importações do gigante asiático "se não houver equilíbrio no campo de jogo".
A escalada de tensões e provocações militares por parte do regime da Coreia do Norte, tradicional aliado da China, provocou preocupação em Coreia do Sul e Japão, sócios de Washington, e levou os EUA a reforçar sua presença militar na região.
Em uma entrevista, Trump ressaltou hoje que tinha ordenado o envio de "uma poderosa armada" à área, em referência ao porta-aviões Carl Vinson e sua força de ataque ao reiterar que o líder norte-coreano Kim Jong-un estava tomando decisões "equivocadas".