Trump mantém "sobre a mesa" declaração de emergência de construção de muro
Presidente americano avalia acordo com Congresso como melhor solução para a segurança fronteiriça
EFE
Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 14h24.
Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 14h43.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, mantém "sobre a mesa" a opção de declarar uma emergência nacional para construir o muro na fronteira com o México , embora considere que "a melhor solução" seja um acordo com o Congresso para financiar a segurança fronteiriça, indicou nesta quarta-feira a Casa Branca.
"É algo que estamos ainda contemplando. Claro é algo que segue sobre a mesa", afirmou Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, aos jornalistas sobre a declaração de emergência nacional na fronteira.
No entanto, Sanders reiterou que Trump considera como "a melhor solução" chegar a um acordo com o Congresso para financiar a construção do muro com o México.
As palavras da porta-voz presidencial foram dadas depois que ontem à noite o líder dirigiu uma mensagem transmitido pela televisão ao país de oito minutos de duração desde o Salão Oval, transmitida em horário de máxima audiência.
A alocução presidencial esteve precedida pela incerteza sobre a possibilidade de Trump declarar emergência nacional, mecanismo que lhe permitiria utilizar fundos militares na construção da barreira fronteiriça.
Trump evitou esta declaração e insistiu em denunciar a existência de "uma crise humanitária e de segurança crescente" na fronteira sul do país que, segundo ele, exige a criação do muro, pelo qual solicita a aprovação de US$ 5,7 nilhões.
Imediatamente depois de seu discurso, os líderes democratas responderam ao líder.
"O presidente Trump deve deixar de manter o povo americano como refém, deixar de fabricar uma crise e deve voltar a abrir a Administração", disse a presidente da Câmara Baixa, a democrata Nancy Pelosi.
A incapacidade para alcançar um pacto entre democratas e republicanos sobre o orçamento federal forçou a paralisia parcial da Administração governamental, que já dura 19 dias.
Além de distintas agências que tiveram suspender algumas de suas funções por causa da falta de recursos, cerca de 420 mil empregados considerados essenciais continuaram trabalhando sem receber salário, enquanto outros 380 mil permanecem de licença, também sem remuneração, lembrou a imprensa local.
Trump, que se reunirá amanhã com a chefia democrata, irá na próxima quinta-feira à fronteira sul, onde se encontrará com as autoridades para conhecer a situação na região.