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Trump irrita UE; prisão na Samsung…

A resistência da BMW A montadora alemã BMW informou que vai manter seus planos de abrir uma fábrica em San Luis de Potosí, no México, até 2019. A decisão vem mesmo após o presidente americano eleito, Donald Trump, ameaçar numa entrevista no domingo 15 impor uma taxação de 35% os automóveis da BMW vendidos nos Estados […]

ANGELA MERKEL: chanceler alemã rebateu críticas de Trump à União Europeia e à Otan / Wolfgang Rattay/Reuters (Wolfgang Rattay/Reuters/Reuters)

ANGELA MERKEL: chanceler alemã rebateu críticas de Trump à União Europeia e à Otan / Wolfgang Rattay/Reuters (Wolfgang Rattay/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 17h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.

A resistência da BMW

A montadora alemã BMW informou que vai manter seus planos de abrir uma fábrica em San Luis de Potosí, no México, até 2019. A decisão vem mesmo após o presidente americano eleito, Donald Trump, ameaçar numa entrevista no domingo 15 impor uma taxação de 35% os automóveis da BMW vendidos nos Estados Unidos. No passado, as declarações de Trump já fizeram com que outras montadoras mudassem de ideia, como a Ford, que cancelou uma fábrica de 1,6 bilhão de dólares no México. Em resposta, o ministro da Fazenda alemão e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, alfinetou dizendo que, com uma taxação de 35%, “a indústria automotora americana ficará pior, mais fraca e mais cara”, disse.

Alemanha vs. Trump

Na mesma entrevista do domingo 15 em que ameaçou taxar a BMW, Trump também desagradou o governo alemão em outros temas. O presidente eleito americano disse que Merkel cometeu um “erro catastrófico” ao aceitar refugiados no país, afirmou que o Brexit é “ótimo” e que será “difícil” manter a União Europeia. Trump também criticou a Otan, chamando-a organização militar ocidental de “obsoleta”. Embora tenha reiterado nesta segunda-feira que a Alemanha vai “cooperar” com Trump “em todos os assuntos”, Merkel respondeu dizendo não se importar com as opiniões do americano. “Nós europeus temos nossos destinos em nossas mãos”, disse.

Se conselho fosse bom…
Assim como Merkel, o presidente francês François Hollande também respondeu às declarações de Trump. Hollande disse que a União Europeia “não precisa de conselhos de fora para lhe dizer o que fazer” e defendeu a Otan, afirmando que a aliança militar só se tornará obsoleta quando “as ameaças se tornarem obsoletas”. Hollande deixa o cargo em quatro meses e uma das candidatas a substitui-lo é Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Frente Nacional, que já elogiou Trump em diversas oportunidades. O atual secretário de Estado americano, John Kerry, disse que é “inapropriado” que Trump interfira em assuntos de outros países.

A primeira baixa

Antes mesmo da posse na sexta-feira 20, uma nomeada de Trump anunciou que não fará parte do governo. Monica Crowley teria um cargo diretora de comunicação no Conselho de Segurança Nacional, mas desistiu após uma série de acusações de plágio contra ela aparecerem. Tanto o site de notícias Politico quanto a rede de televisão CNN acusam Crowley de ter copiado trechos de seus artigos para usar em sua tese de PhD na Universidade Columbia.

Samsung: pedido de prisão

Autoridades da Coreia do Sul pediram a prisão preventiva do presidente da Samsung, Jay Y. Lee, de 48 anos. O executivo já havia sido interrogado na semana passada e agora, um tribunal de Seul decidirá se aceita ou não o pedido. A Samsung é acusada de ter pago 36,4 milhões de dólares a fundações de uma amiga próxima da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, em troca de permissão estatal para uma fusão de duas de suas companhias afiliadas. A possível influência da amiga de Park no governo levou a um processo de impeachment da presidente.

Óculos e lentes

A empresa de armações de óculos Luxottica e a fabricante de lentes Essilor anunciaram uma das maiores fusões da história europeia. Se o acordo for aprovado por autoridades regulatórias, o valor de mercado da nova empresa é estimado em 46,3 bilhões de euros e a receita pode girar em torno de 15 bilhões de euros. A Luxottica, francesa, é dona de Ray-Ban and Oakley, enquanto a Essilor é proprietária das lentes Varilux e Transitions.

 

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