Trump insiste em defender reunião de seu filho com advogada russa
A declaração do presidente vai contra a estratégia da Casa Branca de tentar deixar em segundo plano as últimas revelações sobre a trama russa
EFE
Publicado em 17 de julho de 2017 às 16h01.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , insistiu nesta segunda-feira em defender a polêmica reunião que seu filho mais velho teve em junho de 2016 com uma advogada russa, de quem esperava obter informações para prejudicar a ex-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton.
"A maioria dos políticos teria ido a uma reunião como a que Don Jr. compareceu para obter informações de um oponente. Isso é política!", comentou Trump em sua conta pessoal no Twitter.
A declaração do presidente vai contra, como em muitas outras vezes, a estratégia da Casa Branca de tentar deixar em segundo plano as últimas revelações sobre a trama russa com a inauguração de uma semana dedicada a promover os produtos "Made in America".
Nesse contexto, Trump liderará nesta segunda-feira um ato na Casa Branca com fabricantes dos 50 estados do país para enaltecer os produtos feitos nos EUA.
Além disso, na quarta-feira Trump deve emitir uma proclamação sobre a importância de fomentar a produção nacional, de acordo com o que foi antecipado pela diretora de assuntos de imprensa da Casa Branca, Helen Aguirre Ferré.
Em abril deste ano, o Departamento de Comércio dos EUA abriu investigações para determinar se as importações de alumínio e de aço são uma ameaça para a segurança nacional, como etapa prévia antes de Trump decidir quais medidas podem ser tomadas a respeito, entre elas fixar tarifas ou estabelecer quotas.
Vários meios de comunicação ressaltaram as contradições do discurso do presidente de promover o "Made in America" quando a maioria dos produtos da Trump Organization é produzida fora dos EUA.
Além disso, segundo uma investigação recente do jornal "The Washington Post", a linha de roupas de Ivanka Trump, filha e assessora do presidente, é produzida exclusivamente em fábricas em países como Bangladesh, Indonésia e China, que empregam trabalhadores de baixos salários.