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Trump fará mudanças "importantes" na política para Cuba

O governo Trump está ainda imerso na revisão "integral" da política americana para Cuba que iniciou após sua chegada ao poder em janeiro

EUA e Cuba: "À medida que avançamos nessa revisão, suspeito que emergirão importantes diferenças em como este governo planeja enfrentar a situação em Cuba" (Joe Raedle/AFP)
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EFE

Publicado em 9 de maio de 2017 às 22h30.

Washington - A política para Cuba do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , terá "importantes diferenças" em relação à de seu predecessor, Barack Obama, especialmente por meio de uma "maior ênfase" nos direitos humanos dentro da ilha, assegurou nesta terça-feira um funcionário do Departamento de Estado americano.

O governo Trump está ainda imerso na revisão "integral" da política americana para Cuba que iniciou após sua chegada ao poder em janeiro, lembrou o secretário adjunto de Estado dos EUA para América Latina, Francisco Palmieri.

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"À medida que avançamos nessa revisão, suspeito que emergirão importantes diferenças em como este governo planeja enfrentar a situação em Cuba", acrescentou Palmieri durante a Conferência das Américas que é realizada anualmente no Departamento de Estado.

"Uma das áreas que vai ser uma grande prioridade será assegurar-nos de que Cuba faz avanços mais substantivos para um maior respeito aos direitos humanos dentro do país. Essa é, certamente, uma área onde veremos uma maior ênfase quando a revisão for completada", destacou o funcionário.

A revisão se refere ao processo de normalização de relações bilaterais iniciadas pelo ex-presidente Barack Obama no final de 2014, incluindo a decisão de retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo elaborada pelo Departamento de Estado e que acarreta a imposição de sanções.

No início de fevereiro, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, antecipou que o governo Trump dará prioridade aos direitos humanos na revisão "completa" que está fazendo da política americana para Cuba.

Desde então houve poucas notícias sobre avanços nessa revisão, e não foi informado nenhum contato entre o governo de Trump e o do presidente cubano, Raúl Castro.

Durante o processo de eleições primárias em 2015 e em 2016 nos Estados Unidos, Trump foi o único pré-candidato republicano à presidência que apoiou a política de abertura com Cuba.

Mas, em sua busca por votos na Flórida nas eleições gerais, Trump prometeu que "revogaria" as medidas executivas de Obama "a não ser que o regime dos Castro" restaurasse "as liberdades na ilha".

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