Trump encontrará americanos libertados pela Coreia na Base Andrews
Libertação dos americanos aconteceu durante a segunda visita de Mike Pompeo à Coreia do Norte, realizada para finalizar planos da cúpula histórica
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de maio de 2018 às 15h22.
Última atualização em 9 de maio de 2018 às 15h34.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , anunciou que três americanos presos na Coreia do Norte há mais de um ano estão voltado para casa com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, nesta quarta-feira, 9. A concessão de Pyongyang é o mais recente sinal da melhora nas relações entre os dois países.
Trump postou no Twitter que Pompeo estava no avião com "três cavalheiros incríveis que todos estão ansiosos para conhecer" e acrescentou que vai encontrá-los na Base Aérea de Andrews, sede do Air Force One - o avião presidencial americano -, na madrugada de quinta-feira, 10.
A libertação dos americanos aconteceu durante a segunda visita de Pompeo à Coreia do Norte, realizada para finalizar os planos da cúpula histórica entre o líder do país, Kim Jong-un , e Trump. O americano afirmou recentemente que a data e o local da cúpula já foram escolhidos e serão revelados em breve.
Kim Dong-chul, Kim Hak-song e Kim Sang-duk, todos sul-coreanos com cidadania americana, foram detidos sob a acusação de "atividades anti-estatais", mas suas prisões foram vistas como políticas e agravaram o estado das relações do país com os EUA.
Os três foram mantidos na prisão por períodos diferentes e foram os mais recentes casos de americanos detidos pela Coreia do Norte sob justificativas de ofensas aparentemente pequenas. Geralmente, as libertações ocorreram quando funcionários de alto escalão dos EUA vão ao país para resgatá-los pessoalmente.
Antes dos três, o último americano libertado por Pyongyang foi o estudante universitário Otto Warmbier, que morreu dias depois de ser repatriado aos EUA, com graves danos cerebrais. Ele foi preso por autoridades norte-coreanas por roubar um cartaz de propaganda estatal e foi condenado a 15 anos de trabalho forçado.
O secretário de Estado demonstrou ânimo após a libertação dos americanos. "Há décadas somos adversários. Agora estamos esperançosos de que possamos trabalhar juntos para resolver esse conflito", disse. Sua segunda viagem à Coreia do Norte só foi divulgada na terça-feira, durante o pronunciamento de Trump sobre a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã.
Sua primeira visita ao país foi no início de abril, quando ainda era chefe da Agência Central de Inteligência (CIA). Ele foi o segundo secretário de Estado americano a visitar a nação, depois de Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton. Ela se encontrou com Kim Jong-il, o pai de Kim Jong-un, em 2000.