(Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 05h11.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h33.
Após uma semana intensa, os Estados Unidos têm um dia de descanso hoje com o feriado do Dia dos Veteranos. A data, 11 de novembro, marca o armistício e o fim da Primeira Guerra Mundial. Mas a celebração da paz após uma grande guerra serve também para jogar luz na estratégia militar do novo governo.
Trump não polpou as forças armadas durante a campanha: disse que o exército americano estava um desastre, zombou do ex-candidato a presidente John McCain (ele afirmou que McCain não era um herói de guerra pois havia sido capturado), e ridicularizou os pais do soldado muçulmano Humayun Khan, que morreu na guerra, após a convenção do partido democrata. Muitos veteranos, republicanos e militares o condenaram por tais declarações.
A instabilidade do presidente-eleito não deve ser o suficiente para jogar os Estados Unidos em uma guerra com a Rússia ou com a Coréia do Norte — Trump inclusive já demonstrou simpatia tanto por Vladimir Putin quanto por Kim Jong-un. Mas ele — e a maioria dos republicanos que agora ocupam o congresso — não deve se mexer em prol de fechar a Prisão de Guantánamo ou de retirar as 8.400 tropas americanas no Afeganistão. Trump afirmou reiteradamente que a retirada do Iraque foi um presente para o fortalecimento do Estado Islâmico.
A cartilha nuclear americana diz que, logo após fazer o juramento da presidência, um oficial do exército será designado para o presidente Trump com uma pasta de couro e alumínio que contém um “manual para conduzir uma guerra nuclear”. Conhecida como “The Football”, trata-se de um menu de alvos estrangeiros — de cidades a arsenais inimigos. No entanto, para utilizar as armas Trump necessita ligar para um comandante no Pentágono e verificar sua identidade por meio de uma série de códigos, contidas em um cartão único, chamado de “O Biscoito”. O país tem 2.000 ogivas nucleares.