Trump: "Como destituir um homem que é considerado o presidente com os dois primeiros anos (de mandato) mais bem-sucedidos na história?" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de março de 2019 às 11h13.
Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que "nunca fez nada de errado" para sofrer um processo de impeachment impulsionado pelos democratas no Congresso.
....a man who is considered by many to be the President with the most successful first two years in history, especially when he has done nothing wrong and impeachment is for “high crimes and misdemeanors”?
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 13, 2019
"Eu aprecio muito a declaração de Nancy Pelosi (democrata, presidente da Câmara dos Representantes) contra o impeachment, mas todo mundo deve se lembrar do fato de que eu nunca fiz nada de errado, a Economia e o Desemprego são os melhores, os Militares e Veteranos estão bem, e muitos outros sucessos", afirmou Trump em sua conta do Twitter.
Trump se referia às declarações de Pelosi, que na última segunda-feira se opôs a impulsionar no Congresso um processo de impeachment contra o presidente ao afirmar que "não vale a pena" e seria "divisório".
"Como destituir um homem que é considerado por muitos como o presidente com os dois primeiros anos (de mandato) mais bem-sucedidos na história, especialmente quando não fez nada errado e o impeachment é por graves crimes e faltas?", acrescentou Trump no Twitter.
As declarações de Pelosi respondiam aos pedidos de vários de seus congressistas que, desde que recuperaram em janeiro a maioria na Câmara dos Representantes, quiseram impulsionar a destituição contra Trump.
Os democratas podem iniciar o julgamento político na Câmara dos Representantes, onde sua aprovação requer somente uma maioria simples, mas provavelmente não teriam respaldo no Senado, onde os republicanos são maioria e a continuidade do processo de impeachment precisa da aprovação de dois terços dos senadores.
Muitos democratas esperam que a investigação liderada pelo procurador especial Robert Mueller sobre a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais americanas de 2016, cujo relatório deve ser apresentado em breve, apresente resultados que possam encurralar Trump.
Mueller também investiga os possíveis contatos entre a campanha de Trump e funcionários do governo russo, assim como os negócios e as finanças do presidente americano.
Por enquanto, a investigação, que em maio completará dois anos, atingiu alguns colaboradores próximos de Trump, como seu ex-advogado pessoal Michael Cohen, condenado a três anos de prisão.