Trump diz que México 'não vai vender um único carro' nos EUA caso ele seja eleito
Ex-presidente voltou a defender aumento de tarifas de importação para proteger indústria americana
Agência de notícias
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 17h26.
Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 17h29.
O ex-presidenteDonald Trump afirmou, nesta terça-feira (15), que o México "não vai vender um único carro nos Estados Unidos " caso ele seja eleito, pois planeja impor tarifas "terríveis" para trazer de volta as empresas ao país.
"O México é um desafio tremendo para nós neste momento, tremendo", afirmou o candidato republicano à Casa Branca em uma entrevista no Clube Econômico de Chicago.
"A China está construindo enormes fábricas de automóveis no México" e "vão vendê-los nos Estados Unidos" porque, por estarem perto da fronteira, têm "todas as vantagens e nenhuma das desvantagens", reclamou.
"E isso vai ser o fim de Michigan. Vai ser o fim da, francamente, Carolina do Sul, vai ser o fim de tudo", acrescentou o republicano, em um de seus habituais prognósticos sombrios.
Trump garantiu que, se ganhar as eleições presidenciais em 5 de novembro, os mexicanos "não vão vender um único carro nos Estados Unidos".
Tarifas de mais de 200%
O magnata de 78 anos, empatado com sua rival democrata Kamala Harris nas pesquisas, ameaça impor tarifas de 100%, 200% e até mais, convencido de que isso se traduzirá na construção de "milhares" de empresas no país.
"Quanto mais alta a tarifa, mais provável é que venham para os Estados Unidos e construam uma fábrica (...) para não ter que pagar a tarifa", opinou.
Segundo ele, o efeito será maciço, mas positivo, e nega que a medida vá impactar o bolso do consumidor.
Diversos economistas, no entanto, opinam que seus planos econômicos aumentarão a dívida e a inflação.
Trump, que afirma ser "muito bom em matemática", discorda: "Há outra teoria que diz que se as tarifas forem tão altas, tão terríveis, tão odiosas, (as empresas) virão imediatamente".
Ele não vê apenas o México como uma ameaça, mas também outros países, incluindo aliados que, segundo ele, comercialmente falando, "se aproveitaram" dos Estados Unidos mais do que os "inimigos".