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Trump diz que EUA não precisam concordar com a "China única"

Gigante asiático expressou "séria preocupação" nesta segunda-feira após os comentários de Trump sobre as políticas envolvendo Taiwan

Trump: "entendo totalmente a política de "China única", mas eu não sei o motivo de termos que estar sujeitos a essa política" (Mike Segar/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 08h40.

Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , disse que os EUA não precisam necessariamente manter a sua posição de que Taiwan faz parte de uma "China única", questionando quase quatro décadas de política.

As declarações de Trump no programa "Fox News Sunday" foram feitas após ele gerar um protesto diplomático da China por sua decisão de aceitar um telefonema da presidente de Taiwan em 2 de dezembro.

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"Entendo totalmente a política de 'China única', mas eu não sei o motivo de termos que estar sujeitos a uma política de 'China única' a não ser que façamos um acordo com a China tendo que fazer outras coisas, incluindo comércio", disse Trump à Fox.

O telefonema de Trump com a presidente Tsai Ing-wen foi o primeiro contato com Taiwan por um presidente eleito ou em exercício dos EUA desde que o presidente Jimmy Carter alterou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China em 1979, vendo Taiwan como parte da "China única".

Pequim considera Taiwan uma província renegada e o assunto é delicado na China.

A China expressou "séria preocupação" nesta segunda-feira após os comentários de Trump.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que cooperação está "fora de questão" caso Washington não reconheça o interesse de Pequim sobre Taiwan, indicando que irá rejeitar quaisquer esforços de Trump para usar o assunto como peça de barganha em uma longa lista de problemas comerciais e de segurança que os dois países enfrentam.

"A China tomou nota do relato e expressa séria preocupação sobre isto. Quero destacar que a questão de Taiwan se refere à soberania e integridade territorial chinesa, e envolve os interesses principais da China", disse o porta-voz do ministério, Geng Shuang.

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