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Trump diz a Israel que paz implica em concessões

Em uma entrevista a um jornal de Israel, Trump descreveu sua decisão sobre a embaixada dos EUA em Jerusalém como um "ponto alto" de seu 1º ano de governo

Trump: "Eu queria deixar claro que Jerusalém é a capital de Israel. Quanto a fronteiras específicas, darei meu apoio ao que os dois lados acertarem entre si", disse o presidente dos EUA (Carlos Barria/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 15h00.

Jerusalém - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , disse a Israel nesta sexta-feira que o Estado judeu também terá que fazer "concessões significativas" para obter a paz com os palestinos, apesar de estes terem acusado um dos enviados dos EUA ao Oriente Médio de minar a diplomacia com o que veem como uma inclinação pró-Israel.

Os palestinos ficaram indignados quando Trump reconheceu Jerusalém como a capital israelense em 6 de dezembro, uma medida que reverteu décadas de reticência dos EUA quanto ao status da cidade, e dizem que estão procurando outras potências mundiais como possíveis mediadores.

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Em uma entrevista concedida a um jornal de Israel que teve trechos adiantados antes de sua publicação na íntegra no domingo, Trump descreveu sua medida relativa a Jerusalém como um "ponto alto" de seu primeiro ano de governo.

A linguagem de seu anúncio não descartou uma presença dos palestinos, que querem a porção oriental da cidade --capturada por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexada, em uma ação sem reconhecimento internacional-- como sua própria capital.

"Eu queria deixar claro que Jerusalém é a capital de Israel. Quanto a fronteiras específicas, darei meu apoio ao que os dois lados acertarem entre si", disse ele ao jornal conservador Israel Hayom, em comentários publicados em hebreu.

"Acho que os dois lados terão que fazer concessões significativas para que um acordo de paz seja possível", acrescentou Trump, sem detalhar.

A entrevista coincidiu com novos atritos entre os palestinos e o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, na esteira do assassinato de um palestino cometido por um colono judeu.

Depois que o colono foi morto a facadas na segunda-feira por vingança, Friedman tuitou que ele havia doado uma ambulância para a comunidade do homem morto e que estava orando por seus familiares, acrescentando: "Os 'líderes' palestinos elogiaram o assassino".

Seu pronunciamento provocou uma repreensão da administração palestina.

"Os comentários do embaixador americano nos fazem nos perguntar sobre seu relacionamento com a ocupação", disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente Mahmoud Abbas, em um comunicado. "Ele está representando a América ou Israel?"

Friedman, um dos principais conselheiros de Trump a recomendar a decisão a respeito de Jerusalém, já contribuiu para causas dos colonos.

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