Trump avaliará intromissão russa com a inteligência dos EUA
A decisão foi tomada após a decisão de Barack Obama de sancionar o país liderado por Vladimir Putin por interferir nas eleições americanas
EFE
Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 22h02.
Última atualização em 29 de dezembro de 2016 às 22h13.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos , Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira que se reunirá com os líderes das agências de inteligência de seu país na próxima semana com o objetivo de receber nova informação sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições americanas.
"É hora de nosso país avançar rumo a coisas maiores e melhores. No entanto, pelo interesse de nosso país e de sua boa gente, me reunirei com os líderes da comunidade de inteligência na próxima semana para que me atualizem sobre os fatos desta situação", disse Trump em um breve comunicado.
Trump, que assumirá o poder em 20 de janeiro, reagiu assim às sanções anunciadas hoje pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que culpa o governo russo de intervir nas eleições presidenciais americanas por meio de ataques cibernéticos destinados a prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton.
Concretamente, Obama ordenou a expulsão de 35 diplomatas russos e suas famílias em um prazo de 72 horas, assim como o fechamento de dois centros de propriedade do governo russo em Nova York e Maryland.
Além disso, o governo dos EUA anunciou sanções econômicas que implicam no congelamento de bens das duas principais agências de inteligência russas: o Departamento Central de Inteligência (GRU, militar) e o Serviço Federal de Segurança (FSB).
Uma vez que assuma a presidência dos EUA, Trump terá o poder de manter ou suspender as sanções anunciadas hoje por Obama, assim como outros castigos impostos contra o Kremlin pela anexação russa da península da Crimeia em março de 2014 e pelo apoio de Moscou aos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Trump já insinuou sua vontade de impulsionar uma mudança de rumo nas atuais tensas relações entre Washington e Moscou, apesar de alguns de seus correligionários republicanos do Congresso considerarem a Rússia um dos principais perigos para a segurança dos Estados Unidos.