Trump acusa investigadores de caso Rússia de conflito de interesses
O presidente americano afirmou que os investigadores apresentam conflito de interesses e que a investigação está perdendo sua credibilidade rapidamente
EFE
Publicado em 7 de maio de 2018 às 11h16.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , acusou nesta segunda-feira os investigadores do caso sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, liderados pelo procurador especial Robert Mueller, de "conflito de interesses".
"Os 13 democratas raivosos responsáveis pela Caça às Bruxas Russa estão começando a descobrir que existe um sistema judicial que protege as pessoas da injustiça... E esperem até que os tribunais descubram seus conflitos de interesses não revelados!", escreveu Trump no Twitter.
O presidente americano sempre usa o termo "caça às bruxas" para se referir à investigação da suposta interferência russa nas eleições americanas e assegura que os investigadores a cargo da mesma são democratas, apesar de o procurador Mueller pertencer ao Partido Republicano.
Trump disse também em sua série matinal de tweets que a investigação "está perdendo credibilidade rapidamente", depois que o Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes concluiu em abril que não houve conluio entre a equipe de campanha de Trump e o governo russo.
"Agora, a investigação diz ok, o que mais há por aí? Que tal obstrução (de justiça) por um crime inventado, falso?", prosseguiu o presidente.
Nesse sentido, a oposição democrata advertiu sobre a possibilidade de Trump destituir Mueller, o que poderia abrir a porta para uma acusação de obstrução de justiça.
Na semana passada, o jornal "The New York Times" informou que obteve uma lista com as 49 perguntas que Mueller quer fazer a Trump, que lamentou que as questões "tivessem sido vazadas aos veículos de imprensa".
A equipe de investigação do caso Rússia tinha entregado as perguntas ao entorno legal de Trump, liderado na época por seu advogado John Dowd, com o objetivo de convencê-los a permitir que Mueller interrogasse o presidente, algo que os investigadores vêm tentando conseguir há meses.
Na sexta-feira, Trump afirmou durante a convenção anual da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) que "adoraria falar" com Mueller porque ele e sua equipe não fizeram "nada errado".