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Trump acredita que milhões votaram ilegalmente em novembro

Não existe, no entanto, qualquer evidência de uma votação ilegal generalizada nas eleições de novembro passado nos Estados Unidos

Eleições: caso confirmado, o episódio constituiria um dos maiores escândalos políticos da história americana (Ron Jenkins/Getty Images)
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AFP

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 20h33.

A Casa Branca confirmou nesta terça-feira que o presidente Donald Trump acredita que milhões de pessoas votaram de maneira ilegal nas eleições americanas de novembro passado, mas não entregará evidências sobre estas afirmações.

Horas após Trump afirmar a líderes do Congresso que cerca de 5 milhões de pessoas votaram ilegalmente há dois meses, o porta-voz da presidência, Sean Spicer, confirmou tal declaração.

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"O comentário que fez foi que entre três e cinco milhões de pessoas votaram de forma ilegal, segundo estudos aos quais teve acesso", declarou o porta-voz.

Não existe qualquer evidência de uma votação ilegal generalizada nas eleições de novembro passado nos Estados Unidos. Mas se confirmado, constituiria um dos maiores escândalos políticos da história americana.

Spicer disse que apesar das afirmações, Trump confia no resultado das eleições.

Trump obteve 2,9 milhões de votos a menos que sua adversária democrata, Hillary Clinton, mas venceu a eleição devido ao sistema de colégio eleitoral por Estados.

Segundo Spicer, Trump obteve "estudos e evidências" entregues por certas "pessoas" que revelam que 14% dos eleitores na votação de novembro "não eram cidadãos" americanos.

Trump já citou um relatório do instituto Pew de 2012 que concluiu que mais de "1,8 milhão de falecidos ainda figuram como eleitores".

O novo presidente também já citou um estudo da Old Dominion University segundo o qual 14% dos eleitores são ilegais, mas a análise recebeu numerosas críticas pela metodologia utilizada.

Interrogado sobre se a Casa Branca abrirá uma investigação sobre a suposta fraude eleitoral, Spicer respondeu que "talvez façamos isto", mas depois acrescentou que "não há qualquer investigação".

"Disse que é possível, tudo é possível, mas foi uma pergunta hipotética".

Spicer se negou a comentar o impacto que uma fraude como esta teria sobre a democracia americana.

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