Mohamed Mursi: preso em 2015 (Khaled Desouki/AFP)
Reuters
Publicado em 15 de novembro de 2016 às 11h40.
Cairo - O Tribunal de Cassação do Egito revogou nesta terça-feira uma sentença de morte contra o presidente deposto Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e ordenou um novo julgamento.
Mursi foi condenado à morte em junho de 2015 em conexão com uma prisão em massa durante a revolta do Egito em 2011.
Mursi, o primeiro presidente a ser eleito democraticamente após a revolução, foi derrubado em meados de 2013 pelo general que se tornou presidente Abdul Fattah al-Sisi, após protestos em massa contra seu governo.
A decisão do tribunal de terça-feira significa que ele não está mais sob ameaça de execução, embora esteja cumprindo três longas sentenças de prisão.
Ele foi condenado a 20 anos de prisão sem liberdade condicional por acusações decorrentes do assassinato de manifestantes em dezembro de 2012. Ele também foi condenado a 40 anos sob acusação de espionar para o Catar e condenado à prisão perpétua por espionagem para o grupo islâmico palestino Hamas.
Desde que derrubou Mursi, Sisi tenta esmagar a Irmandade, que ele afirma ser parte de uma rede terrorista que representa uma ameaça existencial para os mundos árabe e ocidental.
A Irmandade, o movimento político mais antigo do Egito, diz que suas atividades são inteiramente pacíficas e nega usar métodos violentos.