Tribunal americano confirma pena de prisão para Steve Bannon, ex-assessor de Trump
Bannon foi um dos responsáveis pela campanha que levou o republicano à Casa Branca em 2016
Agência de notícias
Publicado em 10 de maio de 2024 às 16h59.
Última atualização em 10 de maio de 2024 às 17h35.
Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos confirmou, nesta sexta-feira, 10, uma pena de quatro meses de prisão por desacato ao Congresso por parte de Steve Bannon, influente ex-assessor de Donald Trump.
Bannon, de 70 anos, foi um dos cérebros da campanha que levou o republicano à Casa Branca em 2016. O ex-assessor havia sido condenado em 2022 a quatro meses de reclusão e desde então aguardava o julgamento do recurso em liberdade.
Nesta sexta-feira, um grupo de três juízes do Tribunal de Apelações do Circuito de Washington DC rejeitou as alegações de Bannon, mas deu sete dias para que ele recorresse ao plenário do tribunal.
O ex-assessor de Trump também poderia recorrer à Suprema Corte para evitar a prisão.
Bannon foi condenado por desacato ao Congresso após se recusar a testemunhar perante a comissão que investigava o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, realizado por apoiadores de Trump.
Outro assessor de Trump, Peter Navarro, foi condenado pelas mesmas acusações e começou a cumprir pena de quatro meses em março em uma prisão da Flórida.
Navarro, de 74 anos, é o assessor de alto escalão de Trump a passar algum tempo atrás das grades por ações relacionadas às últimas eleições, vencidas pelo democrata Joe Biden.
Após a campanha bem-sucedida de 2016, Bannon foi o principal estrategista político de Trump na Casa Branca durante os primeiros sete meses de sua administração e deixou o cargo devido a supostos conflitos com outros altos funcionários.
Em 2020, foi acusado de fraude e lavagem de dinheiro por desviar milhões de dólares de doadores que seriam destinados à construção de um muro entre Estados Unidos e México.
O julgamento de Trump pela acusação de conspiração para alterar o resultado das eleições de 2020 deveria ter começado no dia 4 de março, mas foi suspenso enquanto a Suprema Corte decide se o ex-presidente tem ou não imunidade penal.
O magnata, de 77 anos, vai tentar uma "revanche" contra Biden nas eleições de novembro.