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Três suspeitos de 'planejar ato terrorista' na Argentina são presos

A informação foi confirmada pelo Ministério da Segurança nesta quarta-feira. Suspeitos têm origem síria e libanesa

(AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 15h23.

Última atualização em 3 de janeiro de 2024 às 15h46.

Três pessoas foram presas no final de dezembro em uma operação que "neutralizou a chegada de uma possível célula terrorista" à Argentina, anunciou o Ministério da Segurança nesta quarta-feira 3, ao mesmo tempo que Buenos Aires recebe um importante evento esportivo para a comunidade judaica.

O ministério revelou que os suspeitos eram três cidadãos de origem síria e libanesa. E um deles possuía passaportes da Venezuela e da Colômbia em seu nome.

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"Estávamos muito atentos nesses dias pelos Jogos Macabeus", disse a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em referência ao evento esportivo pan-americano que reúne cerca de 4 mil atletas judeus até 4 de janeiro em Buenos Aires.

Ajuda estrangeira

Bullrich disse que havia obtido informação da Inteligência dos Estados Unidos e de Israel, somada à gendarmeria local formada em antiterrorismo por parte de seus pares da Colômbia, segundo a qual três pessoas entrariam no país por diversos aeroportos.
Finalmente, um deles foi preso em um aeroporto, o outro em Buenos Aires e o terceiro em Avellaneda, na periferia da cidade.

"Veremos se é efetivamente uma célula que vinha à Argentina ou se tem outra conotação", apontou.

Um passado de atentados

O recém-empossado presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, se aproximou há alguns anos da comunidade judaica, apesar de pertencer a uma família católica. O país abriga a maior comunidade judaica da América Latina.

No final de novembro, depois de sua vitória no segundo turno presidencial, Milei visitou, em Nova York, o "El Ohel", um local sagrado onde repousam os restos mortais do último grande líder do movimento ortodoxo Lubavitch, o rabino Menachem Mendl Schneerson.

No passado, a Argentina foi alvo de dois graves atentados contra a comunidade judaica.
Em 1992, a embaixada israelense sofreu um atentado à bomba que causou 29 mortos e deixou 200 feridos.

Dois anos depois, outro atentado, contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), matou 85 pessoas e feriu outras 300, no que foi o pior atentado da história do país.

A ministra Bullrich revelou que um dos motivos que acenderam o sinal de alerta das autoridades antes das prisões em 30 de dezembro foi que os três suspeitos haviam reservado quartos de hotel perto da embaixada de Israel.
Os três eram os supostos destinatários de um pacote vindo do Iêmen, um "pacote de 35 quilos", segundo o ministério, mas sobre o qual Bullrich não deu mais detalhes.

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