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Trabalhadores gregos entram em greve, desafiando reunião com FMI

Atenas - Os trabalhadores do setor público da Grécia deixaram seus postos nesta quinta-feira para protestar contra as medidas de austeridade e pressionar o governo para não concordar em fazer mais cortes fiscais enquanto negocia um pacote de resgate com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Médicos, enfermeiras, professores, autoridades tributárias e estivadores […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 12h38.

Atenas - Os trabalhadores do setor público da Grécia deixaram seus postos nesta quinta-feira para protestar contra as medidas de austeridade e pressionar o governo para não concordar em fazer mais cortes fiscais enquanto negocia um pacote de resgate com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Médicos, enfermeiras, professores, autoridades tributárias e estivadores pararam de trabalhar, paralisando serviços públicos. Milhares de pessoas devem marchar ao parlamento grego ao meio-dia no horário local, enquanto autoridades europeias e do FMI se reúnem para o segundo dia de conversas, que podem resultar em um auxílio financeiro para o país.

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Os trabalhadores estão protestando contra o corte nos salários do setor público, o congelamento das aposentadorias e o aumento de impostos implementados pelo governo para tentar tirar a Grécia de uma crise fiscal que balançou os mercados do mundo todo e que levou os juros do país à máxima em 12 anos.

"Essas medidas sanguinárias não vão ajudar a Grécia a sair da crise. Começa um trágico período", disse Ilias Iliopoulos, secretário-geral do sindicato do setor público Adedy, que representa meio milhão de trabalhadores.

Muitos na Grécia temem que algumas limitações do pacote de resgate de 40 bilhões a 45 bilhões de euros, se a nação endividada aceitá-lo, afetarão o padrão de vida em um país onde uma em cada cinco pessoas vive abaixo abaixo da linha de pobreza, de acordo com dados da UE.

"Nós não vamos tolerar mais medidas porque nós não conseguimos pagar nossas contas. Eu renho uma hipoteca, dois filhos, eu cortei todo o luxo", disse a funcionária pública Pavlina Parteniou, de 38 anos.

"Por que eles não pegam aqueles que roubaram o dinheiro? É o meu salário ou a aposentadoria de 300 euros da minha mãe que vai salvar o país?"

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