Torturas se multiplicam na Rússia, denunciam ONGs
Os casos de tortura acontecem em particular durante a prisão preventiva e no seio do exército
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 10h55.
Moscou - Os casos de torturas não param de aumentar na Rússia , em particular durante a prisão preventiva e no seio do exército, denunciaram os defensores de direitos humanos em um relatório divulgado nesta sexta-feira, que enfatiza a passividade das autoridades.
"A polícia, o sistema penitenciário, o exército, os serviços especiais nas operações contraterroristas recorrem à tortura na Rússia. Estamos convencidos de que a razão para este amplo recurso à tortura deve-se à impunidade", afirma um dos autores do relatório, Igor Kaliapin, em um comunicado.
Produzido por grupos de defesa de direitos humanos, entre eles a ONG Memorial, este relatório foi apresentado ao Comitê da ONU contra a Tortura para sua próxima reunião de novembro. Este informe é uma alternativa ao apresentado pelas autoridades russas a este comitê.
Segundo as ONGs, cujo informe está consagrado aos anos 2006-2012, a tortura em prisão preventiva é um "problema sistemático", que ocorre em "todas as regiões da Rússia".
As revelações sobre casos de violência policial se multiplicaram após um escândalo em março passado em uma delegacia em Kazan (Rússia central), onde um homem em prisão preventiva morreu depois de ter sido sodomizado com uma garrafa por vários policiais.
Segundo os defensores de direitos humanos, a Rússia carece de "mecanismos eficazes de verificação e de investigação de denúncias de torturas", assim como de estatísticas exatas a respeito.
Atualmente, explica o relatório, o Comitê de Investigação, uma estrutura independente do ministério do Interior, é o encarregado destes casos.
Em abril, este organismo anunciou a criação de unidades especiais para investigar os crimes realizados pela polícia.
Mas é pouco, dizem as ONGs. "O número de investigadores desta unidade é de menos de 50 pessoas para toda a Rússia. E, todos os anos, o Comitê de Investigação recebe dezenas de milhares de denúncias por tortura e tratamento desumano", afirma Kaliapin.
Moscou - Os casos de torturas não param de aumentar na Rússia , em particular durante a prisão preventiva e no seio do exército, denunciaram os defensores de direitos humanos em um relatório divulgado nesta sexta-feira, que enfatiza a passividade das autoridades.
"A polícia, o sistema penitenciário, o exército, os serviços especiais nas operações contraterroristas recorrem à tortura na Rússia. Estamos convencidos de que a razão para este amplo recurso à tortura deve-se à impunidade", afirma um dos autores do relatório, Igor Kaliapin, em um comunicado.
Produzido por grupos de defesa de direitos humanos, entre eles a ONG Memorial, este relatório foi apresentado ao Comitê da ONU contra a Tortura para sua próxima reunião de novembro. Este informe é uma alternativa ao apresentado pelas autoridades russas a este comitê.
Segundo as ONGs, cujo informe está consagrado aos anos 2006-2012, a tortura em prisão preventiva é um "problema sistemático", que ocorre em "todas as regiões da Rússia".
As revelações sobre casos de violência policial se multiplicaram após um escândalo em março passado em uma delegacia em Kazan (Rússia central), onde um homem em prisão preventiva morreu depois de ter sido sodomizado com uma garrafa por vários policiais.
Segundo os defensores de direitos humanos, a Rússia carece de "mecanismos eficazes de verificação e de investigação de denúncias de torturas", assim como de estatísticas exatas a respeito.
Atualmente, explica o relatório, o Comitê de Investigação, uma estrutura independente do ministério do Interior, é o encarregado destes casos.
Em abril, este organismo anunciou a criação de unidades especiais para investigar os crimes realizados pela polícia.
Mas é pouco, dizem as ONGs. "O número de investigadores desta unidade é de menos de 50 pessoas para toda a Rússia. E, todos os anos, o Comitê de Investigação recebe dezenas de milhares de denúncias por tortura e tratamento desumano", afirma Kaliapin.