Toninha está cada vez mais ameaçada no Brasil
"Estimamos que pelo menos mil destes golfinhos morram a cada ano nas imediações do litoral do estado do Rio Grande do Sul", afirmou pesquisador Emmanuel Carvalho Ferreira
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 20h42.
Rio de Janeiro - A toninha, um dos menores golfinhos do mundo, encontrado na costa sul do Brasil e em Uruguai e Argentina, está cada vez mais ameaçada, devido à pesca de arrasto, alertam cientistas.
"Estimamos que pelo menos mil destes golfinhos morram a cada ano nas imediações do litoral do estado do Rio Grande do Sul", afirmou esta sexta-feira à AFP o pesquisador Emmanuel Carvalho Ferreira.
Ferreira chefiou um estudo, financiado pela Fundação Boticário de Proteção da Natureza, sobre a mortalidade do cetáceo "Pontporia blainvillei", caracterizado pelo longo nariz, conhecido popularmente como "toninha", "franciscana" ou "golfinho-do-Rio-da-Prata".
Segundo este estudo, "as redes de pesca de arrasto utilizadas são cada vez maiores, com até 30 km. Estas redes representam uma barreira praticamente intransponível para estes pequenos golfinhos", explicou o cientista, que trabalha no Laboratório de Mamíferos Marinhos da Universidade do Rio Grande do Sul (FURG) e colabora com a ONG Kaosa, que protege esta espécie do Atlântico Sul há vinte anos.
A população destes golfinhos, que também vivem em água doce, é calculada entre 40.000 e 50.000 indivíduos.
No Brasil, a situação é mais grave, pois em Uruguai e Argentina predomina a pesca artesanal.
"No Brasil, as embarcações são maiores, com cerca de 20 pescadores, que passam até 20 dias no mar, o que resulta na captura acidental de muitos destes animais", acrescentou Ferreira.
Para solucionar o problema, os cientistas desenvolveram um projeto no qual pedem a redução do tamanho das redes e a proibição desta pesca nos primeiros 20 metros de profundidade.
"Temos feito um trabalho de simulação, excluindo a pesca até 20 metros de profundidade e a taxa de mortalidade dos golfinhos caiu 72%", acrescentou o cientista.
"Há novas regras que já estabelecem uma redução do tamanho das redes a um máximo de 15 km e vão diminuindo progressivamente. Também fizemos um trabalho para conscientizar os pescadores", destacou o pesquisador.
Rio de Janeiro - A toninha, um dos menores golfinhos do mundo, encontrado na costa sul do Brasil e em Uruguai e Argentina, está cada vez mais ameaçada, devido à pesca de arrasto, alertam cientistas.
"Estimamos que pelo menos mil destes golfinhos morram a cada ano nas imediações do litoral do estado do Rio Grande do Sul", afirmou esta sexta-feira à AFP o pesquisador Emmanuel Carvalho Ferreira.
Ferreira chefiou um estudo, financiado pela Fundação Boticário de Proteção da Natureza, sobre a mortalidade do cetáceo "Pontporia blainvillei", caracterizado pelo longo nariz, conhecido popularmente como "toninha", "franciscana" ou "golfinho-do-Rio-da-Prata".
Segundo este estudo, "as redes de pesca de arrasto utilizadas são cada vez maiores, com até 30 km. Estas redes representam uma barreira praticamente intransponível para estes pequenos golfinhos", explicou o cientista, que trabalha no Laboratório de Mamíferos Marinhos da Universidade do Rio Grande do Sul (FURG) e colabora com a ONG Kaosa, que protege esta espécie do Atlântico Sul há vinte anos.
A população destes golfinhos, que também vivem em água doce, é calculada entre 40.000 e 50.000 indivíduos.
No Brasil, a situação é mais grave, pois em Uruguai e Argentina predomina a pesca artesanal.
"No Brasil, as embarcações são maiores, com cerca de 20 pescadores, que passam até 20 dias no mar, o que resulta na captura acidental de muitos destes animais", acrescentou Ferreira.
Para solucionar o problema, os cientistas desenvolveram um projeto no qual pedem a redução do tamanho das redes e a proibição desta pesca nos primeiros 20 metros de profundidade.
"Temos feito um trabalho de simulação, excluindo a pesca até 20 metros de profundidade e a taxa de mortalidade dos golfinhos caiu 72%", acrescentou o cientista.
"Há novas regras que já estabelecem uma redução do tamanho das redes a um máximo de 15 km e vão diminuindo progressivamente. Também fizemos um trabalho para conscientizar os pescadores", destacou o pesquisador.