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Tepco teme que vazamentos de Fukushima superem os de Chernobyl

Total da quantidade de material radiativo ainda é 10% do que foi exposto na Ucrânia, em 1986, mas a subida de nível de risco nuclear assusta a operadora e o Japão

Governo japonês elevou o perigo nuclear de 5 para 7 ontem, somando toda a acumulação radioativa que vazou (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h14.

Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, indicou nesta terça-feira que teme que os vazamentos de materiais radioativos na central igualem ou superem no futuro os ocorridos em 1986 em Chernobyl (Ucrânia).

"O vazamento de radiação não foi completamente controlado e nossa preocupação é que a quantidade possa a longo prazo alcançar ou superar a de Chernobyl", indicou hoje uma fonte da Tepco à agência local "Kyodo".

As declarações ocorrem no dia em que o Governo do Japão decidiu elevar o nível de gravidade do acidente de Fukushima de 5 para 7 na escala internacional - o índice máximo -, com o que se iguala ao de Chernobyl.

A gravidade foi atualizada porque a acumulação de radiação total emitida desde a central chegou a ser de dezenas de milhares de terabecquerel, embora represente apenas 10% da radiação que vazou de Chernobyl, segundo a Agência de Segurança Nuclear do Japão.

O organismo acredita que a maior parte do material radioativo liberado na atmosfera desde Fukushima Daiichi provém do reator 2, que em 15 de março sofreu uma explosão de hidrogênio próxima da piscina de supressão, na base do reator, o que danificou a estrutura de contenção que protege o núcleo.

Isso levou a uma fuga em massa de materiais radioativos no reator, que se acredita que tenha experimentado uma fusão parcial das barras de combustível, segundo a agência nuclear.

O Governo japonês disse ontem que a radiação acumulada durante 25 dias em várias localizações da província de Fukushima excedeu os níveis máximos estabelecidos para o período de um ano.

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Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, indicou nesta terça-feira que teme que os vazamentos de materiais radioativos na central igualem ou superem no futuro os ocorridos em 1986 em Chernobyl (Ucrânia).

"O vazamento de radiação não foi completamente controlado e nossa preocupação é que a quantidade possa a longo prazo alcançar ou superar a de Chernobyl", indicou hoje uma fonte da Tepco à agência local "Kyodo".

As declarações ocorrem no dia em que o Governo do Japão decidiu elevar o nível de gravidade do acidente de Fukushima de 5 para 7 na escala internacional - o índice máximo -, com o que se iguala ao de Chernobyl.

A gravidade foi atualizada porque a acumulação de radiação total emitida desde a central chegou a ser de dezenas de milhares de terabecquerel, embora represente apenas 10% da radiação que vazou de Chernobyl, segundo a Agência de Segurança Nuclear do Japão.

O organismo acredita que a maior parte do material radioativo liberado na atmosfera desde Fukushima Daiichi provém do reator 2, que em 15 de março sofreu uma explosão de hidrogênio próxima da piscina de supressão, na base do reator, o que danificou a estrutura de contenção que protege o núcleo.

Isso levou a uma fuga em massa de materiais radioativos no reator, que se acredita que tenha experimentado uma fusão parcial das barras de combustível, segundo a agência nuclear.

O Governo japonês disse ontem que a radiação acumulada durante 25 dias em várias localizações da província de Fukushima excedeu os níveis máximos estabelecidos para o período de um ano.

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