Talibãs afegãos dizem que conversas só pioram conflito
Eles alertaram que reuniões anteriores fracassaram no passado e "nunca abordaram o problema do Afeganistão"
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 11h15.
Cabul - O principal grupo de talibãs afegãos advertiu nesta quarta-feira que as conversas para retomar o processo de paz no Afeganistão não solucionam o conflito, ao contrário, o pioram, enquanto tropas estrangeiras seguirem no país.
"Se as coisas seguirem esse curso, então ao invés de resolver o problema, esta gente complicará ainda mais a situação do Afeganistão", sublinharam em comunicado, após a primeira reunião realizada na segunda-feira em Islamabad pelo Grupo dos Quatro (G4), formado pelo Afeganistão, Paquistão, Estados Unidos e China.
Apesar de não citarem expressamente este encontro na nota, alertaram que reuniões anteriores fracassaram no passado e "nunca abordaram o problema do Afeganistão".
Os talibãs também disseram querer "a paz e a estabilidade no país, mas não esta paz instruída pelos invasores via suas marionetes", em alusão às forças internacionais, entre as que citaram expressamente "os norte-americanos", e o governo afegão, respectivamente.
Neste contexto, acrescentaram que continuarão sua luta "enquanto os invasores e suas marionetes estiverem presentes" no país.
O G4 procura anos soluções para os 15 anos de conflito afegão, em uma tentativa de retomar as conversas de paz que estão há mais de cinco meses congeladas.
O Paquistão recebeu em julho do ano passado uma primeira reunião entre representantes do governo afegão e os insurgentes, mas as conversas foram suspensas após a divulgação da morte do líder fundador dos talibãs, mulá Omar.
Omar, morto em 2013 - fato que só foi divulgado dois anos depois, provocou conflitos internos , pois alguns comandantes se opuseram a nomeação de mulá Mansur como novo chefe talibã e chegaram a romper com o grupo por este motivo, o que uma guerra aberta entre diferentes facções em várias províncias afegãs.
O vice-ministro das Relações Exteriores do Afeganistão, Hekmat Khalil Karzai, disse ontem que as negociações estão abertas para "a maioria" dos insurgentes, e citou "os grupos pertencentes ao mulá Mansur, ao mulá Rasul e (à rede) Haqqani".
O G4 mostrou na segunda-feira seu apoio a um processo incondicional prévio com os talibãs e a esgotar todas as vias para levar os violentos à mesa de negociação, que pretende por fim a uma guerra que começou em 2001 com a invasão americana.
Os Estados Unidos mantém 9.800 militares no país, e metade permanecerá além do final do mandato do presidente Barack Obama, em janeiro de 2017.
Já a Otan anunciou que em 2016 triplicará sua presença, que chegará a 12 mil soldados, dada a situação de insegurança no Afeganistão.
Cabul - O principal grupo de talibãs afegãos advertiu nesta quarta-feira que as conversas para retomar o processo de paz no Afeganistão não solucionam o conflito, ao contrário, o pioram, enquanto tropas estrangeiras seguirem no país.
"Se as coisas seguirem esse curso, então ao invés de resolver o problema, esta gente complicará ainda mais a situação do Afeganistão", sublinharam em comunicado, após a primeira reunião realizada na segunda-feira em Islamabad pelo Grupo dos Quatro (G4), formado pelo Afeganistão, Paquistão, Estados Unidos e China.
Apesar de não citarem expressamente este encontro na nota, alertaram que reuniões anteriores fracassaram no passado e "nunca abordaram o problema do Afeganistão".
Os talibãs também disseram querer "a paz e a estabilidade no país, mas não esta paz instruída pelos invasores via suas marionetes", em alusão às forças internacionais, entre as que citaram expressamente "os norte-americanos", e o governo afegão, respectivamente.
Neste contexto, acrescentaram que continuarão sua luta "enquanto os invasores e suas marionetes estiverem presentes" no país.
O G4 procura anos soluções para os 15 anos de conflito afegão, em uma tentativa de retomar as conversas de paz que estão há mais de cinco meses congeladas.
O Paquistão recebeu em julho do ano passado uma primeira reunião entre representantes do governo afegão e os insurgentes, mas as conversas foram suspensas após a divulgação da morte do líder fundador dos talibãs, mulá Omar.
Omar, morto em 2013 - fato que só foi divulgado dois anos depois, provocou conflitos internos , pois alguns comandantes se opuseram a nomeação de mulá Mansur como novo chefe talibã e chegaram a romper com o grupo por este motivo, o que uma guerra aberta entre diferentes facções em várias províncias afegãs.
O vice-ministro das Relações Exteriores do Afeganistão, Hekmat Khalil Karzai, disse ontem que as negociações estão abertas para "a maioria" dos insurgentes, e citou "os grupos pertencentes ao mulá Mansur, ao mulá Rasul e (à rede) Haqqani".
O G4 mostrou na segunda-feira seu apoio a um processo incondicional prévio com os talibãs e a esgotar todas as vias para levar os violentos à mesa de negociação, que pretende por fim a uma guerra que começou em 2001 com a invasão americana.
Os Estados Unidos mantém 9.800 militares no país, e metade permanecerá além do final do mandato do presidente Barack Obama, em janeiro de 2017.
Já a Otan anunciou que em 2016 triplicará sua presença, que chegará a 12 mil soldados, dada a situação de insegurança no Afeganistão.