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Talebans anunciam suas condições para cessar-fogo

O principal grupo taleban do Paquistão anunciou suas condições para a cessação das hostilidades e o avanço no processo de paz

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 13h06.

Islamabad - O principal grupo taleban do Paquistão , o TTP, anunciou nesta quarta-feira suas condições para a cessação das hostilidades e o avanço no processo de paz, entre as quais destacou o fim do "massacre" de insurgentes por parte das forças governamentais.

Um porta-voz do TTP, Shahidulá Shahid, disse ao jornal paquistanês "Dawn" que seus "combatentes são atacados, detidos e assassinados em encontros com a polícia", por isso a equipe negociadora do governo deve garantir que esses eventos "acabarão imediatamente".

"O governo matou mais de 60 talebans desde o começo das conversas de paz (dia 6), sob o nome em código "Operação raiz fora"", disse Shahid, que acrescentou que o cessar-fogo só acontecerá se suas condições forem atendidas.

Ontem, os quatro emissários designados pelo governo do Paquistão para negociar a paz com os talebans expressaram às autoridades locais que seguir com o processo de diálogo "não faz sentido" se os insurgentes não detêm suas ações armadas.

"Tudo ia bem a princípio, mas no último dia 13 (os talebans) cometeram um atentado em Karachi no qual morreram 13 policiais. Nos reunimos no dia com os emissários do TTP e exigimos um imediato cessar-fogo do TTP", expressa o comunicado.

"Esperávamos uma resposta e a que chegou foi a de Mohmand", disseram os delegados governamentais em referência ao anúncio de um comandante do TTP na região tribal de Mohmand sobre a decapitação de 23 soldados que a insurgência mantinha em cativeiro desde 2010.

No entanto, o porta-voz taleban assegurou hoje que a morte dos soldados em Mohmand não buscava a ruptura do diálogo, foi uma reação às mortes de talebans durante o processo de negociação.

Desde seu início formal, há 13 dias, as conversas de paz no Paquistão estiveram cercadas de polêmica pela intensificação das ações da insurgência, apesar de seu aparente esforço negociador.

A atividade terrorista no Paquistão aumentou muito significativamente no último ano e se quebrou assim a tendência de baixa iniciada em 2010.

Segundo relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, no ano passado houve no país asiático mais de 1.700 atentados - 61% deles realizado pelo TTP e seus aliados - nos quais morreram cerca de 2.500 pessoas, 19% mais que em 2012.

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Islamabad - O principal grupo taleban do Paquistão , o TTP, anunciou nesta quarta-feira suas condições para a cessação das hostilidades e o avanço no processo de paz, entre as quais destacou o fim do "massacre" de insurgentes por parte das forças governamentais.

Um porta-voz do TTP, Shahidulá Shahid, disse ao jornal paquistanês "Dawn" que seus "combatentes são atacados, detidos e assassinados em encontros com a polícia", por isso a equipe negociadora do governo deve garantir que esses eventos "acabarão imediatamente".

"O governo matou mais de 60 talebans desde o começo das conversas de paz (dia 6), sob o nome em código "Operação raiz fora"", disse Shahid, que acrescentou que o cessar-fogo só acontecerá se suas condições forem atendidas.

Ontem, os quatro emissários designados pelo governo do Paquistão para negociar a paz com os talebans expressaram às autoridades locais que seguir com o processo de diálogo "não faz sentido" se os insurgentes não detêm suas ações armadas.

"Tudo ia bem a princípio, mas no último dia 13 (os talebans) cometeram um atentado em Karachi no qual morreram 13 policiais. Nos reunimos no dia com os emissários do TTP e exigimos um imediato cessar-fogo do TTP", expressa o comunicado.

"Esperávamos uma resposta e a que chegou foi a de Mohmand", disseram os delegados governamentais em referência ao anúncio de um comandante do TTP na região tribal de Mohmand sobre a decapitação de 23 soldados que a insurgência mantinha em cativeiro desde 2010.

No entanto, o porta-voz taleban assegurou hoje que a morte dos soldados em Mohmand não buscava a ruptura do diálogo, foi uma reação às mortes de talebans durante o processo de negociação.

Desde seu início formal, há 13 dias, as conversas de paz no Paquistão estiveram cercadas de polêmica pela intensificação das ações da insurgência, apesar de seu aparente esforço negociador.

A atividade terrorista no Paquistão aumentou muito significativamente no último ano e se quebrou assim a tendência de baixa iniciada em 2010.

Segundo relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, no ano passado houve no país asiático mais de 1.700 atentados - 61% deles realizado pelo TTP e seus aliados - nos quais morreram cerca de 2.500 pessoas, 19% mais que em 2012.

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