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Stephen Hawking expressa apoio à eutanásia

O famoso astrofísico britânico expressou apoio ao direito à eutanásia para doentes terminais

O astrofísico Stephen Hawking: "nós não deixamos os animais sofrerem, então por que deixamos os seres humanos?", disse (AFP)

O astrofísico Stephen Hawking: "nós não deixamos os animais sofrerem, então por que deixamos os seres humanos?", disse (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 11h32.

Londres - O famoso astrofísico britânico Stephen Hawking, que sofre de uma doença degenerativa incapacitante, expressou apoio ao direito à eutanásia para doentes terminais.

"Nós não deixamos os animais sofrerem, então por que deixamos os seres humanos?", questionou o cientista, de 71 anos, em uma entrevista à BBC, ressaltando a necessidade de uma estrutura para tal prática.

Sofrendo da doença de Lou Gehrig, diagnosticada quando ele tinha 21 anos, Hawking se desloca em cadeira de rodas e fala com a ajuda de uma máquina.

"Acredito que aqueles que estão sofrendo de uma doença terminal e sofrem tremendamente devem ter o direito de escolher acabar com suas vidas e aqueles que ajudá-los devem ser isentos de processos", declarou.

Stephen Hawking precisou ser colocado sob assistência respiratória em 1985, quando sofreu de pneumonia durante uma estadia na Suíça, sua esposa precisou escolher desligar ou não a máquina.

"Deve haver garantias de que a pessoa realmente quer acabar com sua vida, e não que está sob pressão para fazê-lo", continuou o cientista.

A entrevista antecedeu o lançamento na quinta-feira de um documentário sobre sua vida, e após o lançamento de seu livro de memórias, na semana passada, "My Brief History".

A eutanásia é ilegal no Reino Unido, mas uma comissão de inquérito recomendou em janeiro de 2012 uma revisão da lei pelo Parlamento, para permitir aos médicos ajudar doentes terminais a acabar com seu sofrimento.

Em 31 de julho, os tribunais britânicos se recusaram a permitir o suicídio assistido de um homem paralisado, considerando que a mudança na lei era uma questão para o Parlamento e não para os tribunais.

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