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Soldado morre em combate com rebeldes no leste da Ucrânia

É o primeiro militar ucraniano que morre em combates diretos com os rebeldes pró-russos desde meados de setembro

Soldados ucranianos: "Os rebeldes abriram fogo durante 10 minutos com armas leves e lança-granadas" (Gleb Garanich/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 12h01.

Um soldado ucraniano morreu em confrontos no leste da Ucrânia , ilustrando a fragilidade da trégua entre os separatistas pró- russos e o exército de Kiev, que celebra nesta quarta-feira a nova festa nacional do defensor da pátria.

É o primeiro militar ucraniano que morre em combates diretos com os rebeldes pró-russos desde meados de setembro.

"Na terça-feira, na zona da operação antiterrorista (nome com o qual Kiev se refere ao conflito no leste do país) no Donbas, um soldado morreu e dois ficaram feridos após uma violação da trégua e do regime de cessar-fogo dos rebeldes", indicou nesta quarta-feira o serviço de imprensa do exército ucraniano.

"Os bandidos não se limitaram ontem as suas provocações habituais e abriram fogo com lança-granadas sobre nossas posições", declarou a mesma fonte. O incidente ocorreu perto de Avdiivka, cidade próxima ao aeroporto de Donetsk, um dos redutos rebeldes.

A madrugada transcorreu, no entanto, com calma, afirmou o serviço de imprensa.

O porta-voz militar ucraniano Andrei Lysenko acrescentou, horas depois, que um terceiro soldado ficou ferido nestes confrontos. "Os rebeldes abriram fogo durante 10 minutos com armas leves e lança-granadas", disse.

O conflito entre os militares ucranianos e os rebeldes pró-russos deixou mais de 8.000 mortos desde seu início, em abril de 2014, mas os combates cessaram quase completamente devido a uma nova trégua assinada em 1º de setembro.

Desde então, quase todos os soldados ucranianos mortos nesta zona faleceram ao pisar em minas, segundo as estatísticas oficiais.

Os civis também sofrem as consequências das minas. Nesta quarta-feira, um elericista de 44 anos morreu ao pisar em uma na região de Lugansk, segundo as autoridades ucranianas.

No âmbito do processo de paz, os beligerantes anunciaram a retirada do front de suas armas pesadas (de calibre superior a 100 milímetros), mas, segundo os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação (OSCE), seguem mantendo algumas na zona.

A retirada das armas de calibre inferior a 100 milímetros (tanques, canhões e morteiros) começou no início de outubro na região separatista de Lugansk, e deve começar em 18 de outubro na vizinha Donetsk, desde que o cessar-fogo seja respeitado.

Apesar do cessar-fogo, seguem ocorrendo confrontos isolados no leste do país. No sábado um rebelde morreu e dois ficaram feridos nos arredores de Donetsk. Um soldado ucraniano também morreu.

A Ucrânia e os países ocidentais afirmam que a Rússia arma e apoia os separatistas, acusações desmentidas por Moscou.

Poroshenko agradece

Após a morte de um de seus soldados na terça-feira, o ministro ucraniano da Defesa, Stepan Poltorak, indicou nesta quarta-feira que as autoridades tentavam entender o ocorrido antes de tomar uma decisão a respeito da retirada de armas de calibre inferior a 100 milímetros.

Poltorak se expressava durante a inauguração de uma exposição de material militar em Kiev, por ocasião da nova festa nacional do defensor da Pátria, em homenagem ao exército.

O governo decretou um feriado neste ano para celebrar esta festa instaurada no ano passado pelo presidente ucraniano Petro Poroshenko.

Este último também esteve na exposição no centro de Kiev, onde pôde observar vinte tanques modernos, veículos blindados e jipes de fabricação ucraniana e americana.

"Não precisamos de soldados estrangeiros. Mas agradecemos a nossos sócios estrangeiros pelas armas defensivas que por fim começamos a receber", declarou Poroshenko.

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Um soldado ucraniano morreu em confrontos no leste da Ucrânia , ilustrando a fragilidade da trégua entre os separatistas pró- russos e o exército de Kiev, que celebra nesta quarta-feira a nova festa nacional do defensor da pátria.

É o primeiro militar ucraniano que morre em combates diretos com os rebeldes pró-russos desde meados de setembro.

"Na terça-feira, na zona da operação antiterrorista (nome com o qual Kiev se refere ao conflito no leste do país) no Donbas, um soldado morreu e dois ficaram feridos após uma violação da trégua e do regime de cessar-fogo dos rebeldes", indicou nesta quarta-feira o serviço de imprensa do exército ucraniano.

"Os bandidos não se limitaram ontem as suas provocações habituais e abriram fogo com lança-granadas sobre nossas posições", declarou a mesma fonte. O incidente ocorreu perto de Avdiivka, cidade próxima ao aeroporto de Donetsk, um dos redutos rebeldes.

A madrugada transcorreu, no entanto, com calma, afirmou o serviço de imprensa.

O porta-voz militar ucraniano Andrei Lysenko acrescentou, horas depois, que um terceiro soldado ficou ferido nestes confrontos. "Os rebeldes abriram fogo durante 10 minutos com armas leves e lança-granadas", disse.

O conflito entre os militares ucranianos e os rebeldes pró-russos deixou mais de 8.000 mortos desde seu início, em abril de 2014, mas os combates cessaram quase completamente devido a uma nova trégua assinada em 1º de setembro.

Desde então, quase todos os soldados ucranianos mortos nesta zona faleceram ao pisar em minas, segundo as estatísticas oficiais.

Os civis também sofrem as consequências das minas. Nesta quarta-feira, um elericista de 44 anos morreu ao pisar em uma na região de Lugansk, segundo as autoridades ucranianas.

No âmbito do processo de paz, os beligerantes anunciaram a retirada do front de suas armas pesadas (de calibre superior a 100 milímetros), mas, segundo os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação (OSCE), seguem mantendo algumas na zona.

A retirada das armas de calibre inferior a 100 milímetros (tanques, canhões e morteiros) começou no início de outubro na região separatista de Lugansk, e deve começar em 18 de outubro na vizinha Donetsk, desde que o cessar-fogo seja respeitado.

Apesar do cessar-fogo, seguem ocorrendo confrontos isolados no leste do país. No sábado um rebelde morreu e dois ficaram feridos nos arredores de Donetsk. Um soldado ucraniano também morreu.

A Ucrânia e os países ocidentais afirmam que a Rússia arma e apoia os separatistas, acusações desmentidas por Moscou.

Poroshenko agradece

Após a morte de um de seus soldados na terça-feira, o ministro ucraniano da Defesa, Stepan Poltorak, indicou nesta quarta-feira que as autoridades tentavam entender o ocorrido antes de tomar uma decisão a respeito da retirada de armas de calibre inferior a 100 milímetros.

Poltorak se expressava durante a inauguração de uma exposição de material militar em Kiev, por ocasião da nova festa nacional do defensor da Pátria, em homenagem ao exército.

O governo decretou um feriado neste ano para celebrar esta festa instaurada no ano passado pelo presidente ucraniano Petro Poroshenko.

Este último também esteve na exposição no centro de Kiev, onde pôde observar vinte tanques modernos, veículos blindados e jipes de fabricação ucraniana e americana.

"Não precisamos de soldados estrangeiros. Mas agradecemos a nossos sócios estrangeiros pelas armas defensivas que por fim começamos a receber", declarou Poroshenko.

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