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Sobe para 24 o número de mortos em deslizamento nos EUA

Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas, mas as esperanças de encontrar sobreviventes vão diminuindo

Vista aérea da região atingida por deslizamento de terra próxima a Oso, em Washington: a instabilidade do terreno e a ameaça de novas chuvas complicam os trabalhos de resgate (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 07h17.

Washington - As autoridades encontraram nesta terça-feira dez novas corpos de pessoas que morreram no deslizamento de terra ocorrido no último sábado na zona rural do estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos , o que eleva o número de mortes para 24, enquanto mais de 100 pessoas continuam desaparecidas e as esperanças de encontrar sobreviventes vão diminuindo.

Durante a tarde de hoje, as autoridades do condado de Snohomish, ao qual pertence o local onde ocorreu o fato (Oso), informaram aos jornalistas que as equipes de resgate recuperaram mais dois corpos e localizaram outros oito, que se somam aos 14 encontrados até agora.

O chefe dos bombeiros do distrito 21 do condado, Travis Hots, se disse "decepcionado" por não ter encontrado "nenhum sinal de vida" em quatro dias inteiros de buscas intensas e ofereceu suas "condolências" aos que perderam parentes na tragédia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou hoje uma declaração de emergência para acelerar a resposta ao acidente, ocorrido no sábado quando um deslizamento de terra e lama soterrou em poucos segundos 49 imóveis do pequeno povoado de Oso, onde vivem aproximadamente 200 pessoas e que está a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.

Ao término do quarto dia de buscas, o abatimento toma conta das equipes de resgate e dos familiares dos desaparecidos, que, de acordo com declarações recolhidas pela imprensa local, começam a passar da esperança para a aceitação do pior cenário.

A instabilidade do terreno e a ameaça de novas chuvas complicam os trabalhos de resgate e a estimativa do balanço de vítimas, o que levou na segunda-feira a que, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passasse de oito para 14 e a de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176.


Isso fez com que aumentasse a angústia e a incerteza entre os familiares e moradores do local, enquanto as autoridades tentam manter as esperanças e insistem que a operação em andamento não é só de recuperação após a catástrofe, mas continua sendo também de resgate.

"Já disse isto antes, eu acredito em milagres. Acredito que as pessoas sobrevivam a incidentes como este", disse hoje em declarações aos jornalistas o responsável do departamento de defesa civil do condado, John Pennington, depois de insistir na segunda-feira que o fato de haver 176 desaparecidos não quer dizer que todos eles tenham morrido.

Menos otimista se mostrou um porta-voz da polícia local, que afirmou: "estamos esperando um milagre, mas estamos nos preparando para uma operação de recuperação".

As autoridades consideram que as fortes chuvas das últimas semanas e a geologia da região foram as principais causas do acidente, que teria consequências menos graves, segundo especialistas consultados pela imprensa local, se houvesse um trabalho de prevenção junto à população e se os imóveis fossem construídos com materiais de melhor qualidade.

Apesar de Pennington ter qualificado o ocorrido como "completamente imprevisível", o jornal "The Seattle Times" teve acesso a vários relatórios geológicos que advertiam que a área estava em perigo.


O presidente Obama falou hoje por telefone com o governador do estado, Jay Inslee, para notificá-lo sobre a declaração de emergência federal, conforme explicou o próprio chefe de Estado em Haia (Holanda), em entrevista coletiva posterior à 3ª Cúpula de Segurança Nuclear.

"Nós temos que garantir que (Inslee) vai receber todos os recursos que necessita... a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, sigla em inglês) e o Corpo de Engenheiros do Exército também foram enviados para ajudar", explicou Obama.

Na local do deslizamento, as casas estão distribuídas de maneira muito dispersa no meio da natureza, em muitos casos são imóveis pré-fabricados e, inclusive, trailers, e os moradores são de renda baixa ou média.

Só a metade das casas destruídas eram habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente.

A avalanche de lama que soterrou as casas dessa pequena área rural aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, já que a maioria das pessoas estavam dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.

Os trabalhos de resgate estão dificultados porque o terreno está inundado e hoje um voluntário ficou ferido, mas sem gravidade, devido às duras condições do local. Além disso, há a previsão de novas chuvas fortes que poderiam provocar novos deslizamentos.

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Washington - As autoridades encontraram nesta terça-feira dez novas corpos de pessoas que morreram no deslizamento de terra ocorrido no último sábado na zona rural do estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos , o que eleva o número de mortes para 24, enquanto mais de 100 pessoas continuam desaparecidas e as esperanças de encontrar sobreviventes vão diminuindo.

Durante a tarde de hoje, as autoridades do condado de Snohomish, ao qual pertence o local onde ocorreu o fato (Oso), informaram aos jornalistas que as equipes de resgate recuperaram mais dois corpos e localizaram outros oito, que se somam aos 14 encontrados até agora.

O chefe dos bombeiros do distrito 21 do condado, Travis Hots, se disse "decepcionado" por não ter encontrado "nenhum sinal de vida" em quatro dias inteiros de buscas intensas e ofereceu suas "condolências" aos que perderam parentes na tragédia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou hoje uma declaração de emergência para acelerar a resposta ao acidente, ocorrido no sábado quando um deslizamento de terra e lama soterrou em poucos segundos 49 imóveis do pequeno povoado de Oso, onde vivem aproximadamente 200 pessoas e que está a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.

Ao término do quarto dia de buscas, o abatimento toma conta das equipes de resgate e dos familiares dos desaparecidos, que, de acordo com declarações recolhidas pela imprensa local, começam a passar da esperança para a aceitação do pior cenário.

A instabilidade do terreno e a ameaça de novas chuvas complicam os trabalhos de resgate e a estimativa do balanço de vítimas, o que levou na segunda-feira a que, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passasse de oito para 14 e a de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176.


Isso fez com que aumentasse a angústia e a incerteza entre os familiares e moradores do local, enquanto as autoridades tentam manter as esperanças e insistem que a operação em andamento não é só de recuperação após a catástrofe, mas continua sendo também de resgate.

"Já disse isto antes, eu acredito em milagres. Acredito que as pessoas sobrevivam a incidentes como este", disse hoje em declarações aos jornalistas o responsável do departamento de defesa civil do condado, John Pennington, depois de insistir na segunda-feira que o fato de haver 176 desaparecidos não quer dizer que todos eles tenham morrido.

Menos otimista se mostrou um porta-voz da polícia local, que afirmou: "estamos esperando um milagre, mas estamos nos preparando para uma operação de recuperação".

As autoridades consideram que as fortes chuvas das últimas semanas e a geologia da região foram as principais causas do acidente, que teria consequências menos graves, segundo especialistas consultados pela imprensa local, se houvesse um trabalho de prevenção junto à população e se os imóveis fossem construídos com materiais de melhor qualidade.

Apesar de Pennington ter qualificado o ocorrido como "completamente imprevisível", o jornal "The Seattle Times" teve acesso a vários relatórios geológicos que advertiam que a área estava em perigo.


O presidente Obama falou hoje por telefone com o governador do estado, Jay Inslee, para notificá-lo sobre a declaração de emergência federal, conforme explicou o próprio chefe de Estado em Haia (Holanda), em entrevista coletiva posterior à 3ª Cúpula de Segurança Nuclear.

"Nós temos que garantir que (Inslee) vai receber todos os recursos que necessita... a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, sigla em inglês) e o Corpo de Engenheiros do Exército também foram enviados para ajudar", explicou Obama.

Na local do deslizamento, as casas estão distribuídas de maneira muito dispersa no meio da natureza, em muitos casos são imóveis pré-fabricados e, inclusive, trailers, e os moradores são de renda baixa ou média.

Só a metade das casas destruídas eram habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente.

A avalanche de lama que soterrou as casas dessa pequena área rural aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, já que a maioria das pessoas estavam dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.

Os trabalhos de resgate estão dificultados porque o terreno está inundado e hoje um voluntário ficou ferido, mas sem gravidade, devido às duras condições do local. Além disso, há a previsão de novas chuvas fortes que poderiam provocar novos deslizamentos.

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