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Snowden desaparece em Moscou

Snowden chegou a Moscou domingo à tarde e os Estados Unidos ameaçaram a Rússia de represálias por se recusar a entregar o fugitivo

Edward Snowden, ex-agente da NSA: de acordo com uma fonte dos serviços secretos russos, o americano revelou informações confidenciais sobre os Estados Unidos. (Jason Lee/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 13h16.

Moscou - O ex-agente da inteligência Edward Snowden, cuja extradição é pedida por Washington por acusação de espionagem, não embarcou no voo Moscou-Havana, e seu paradeiro era desconhecido nesta segunda-feira.

Snowden chegou a Moscou domingo à tarde e os Estados Unidos ameaçaram a Rússia de represálias por se recusar a entregar o fugitivo que pediu asilo político ao Equador.

Segundo Julian Assange, fundador do WikiLeaks, declarou que Snowden e uma de suas colaboradoras que o acompanha, Sarah Harrison, "estão sãos e seguros". Ele não quis informar seu paradeiro.

Os jornalistas da AFP a bordo da aeronave da companhia russa Aeroflot para Cuba não viram o jovem americano entre os passageiros.

"Edward Snowden não está a bordo, ele não tomou este voo", declarou à agência Interfax uma fonte dos serviços de segurança da capital russa, sem dar mais detalhes.

Mas, segundo uma fonte que não quis se identificar, "Edward Snowden provavelmente já deixou a Rússia. Ele decolou a bordo de um outro voo. É pouco provável que os jornalistas tenham testemunhado a sua partida".


Uma outra fonte do serviço de segurança do aeroporto afirmou, no entanto, que Snowden continua na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo de Moscou.

Snowden pretende viajar Havana e prosseguir em seguida para o Equador, país ao qual pediu asilo político.

O americano chegou no domingo a Moscou procedente de Hong Kong, de onde divulgou as informações sobre os programas de vigilância americanos e onde estava refugiado desde 20 de maio, depois de deixar sua casa no Havaí.

Registrado em um voo da companhia Aeroflot para Moscou, ele não foi visto no posto de controle de passaportes no aeroporto de Sheremetievo.

Aparentemente, ele passou a noite na zona de trânsito do aeroporto, onde há um hotel. Mas nenhum jornalista da AFP o viu.

Domingo à noite, o WikiLeaks anunciou que Snowden estava "indo em direção à República do Equador por um caminho seguro".


Acusado de espionagem, Edward Snowden pode ser condenado a 30 anos de prisão nos Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, John Kerry, ameaçou nesta segunda-feira a China e a Rússia de consequências, considerando "muito decepcionante" o fato do ex-agente da CIA e consultor de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA) ter conseguido viajar de Hong Kong para Moscou.

"Snowden traiu seu país", afirmou o chefe da diplomacia americana, em visita a Índia.

Washington pediu a Moscou que expulse o americano para que ele responda por seus atos, invocando a cooperação entre os dois países.

"Esperamos que sejam examinadas todas as opções disponíveis para enviar de volta aos Estados Unidos o senhor Snowden para que enfrente as acusações criminais formuladas", afirmou a porta-voz para temas de segurança, Caitlin Hayden.

Os Estados Unidos cancelaram o passaporte de Snowden para impedir que ele viaje, mas uma fonte da polícia russa citada pela agência Interfax afirmou no domingo que o Equador poderia emitir um novo documento em substituição.


Segundo uma fonte não identificada pela agência russa Interfax, Moscou não tem motivos para deter e extraditar Snowden, que divulgou informações explosivas sobre as operações de vigilância dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha na internet e nas comunicações telefônicas.

"Edward Snowden não cometeu crimes em território russo. Os serviços de segurança russos não receberam um pedido de detenção da Interpol. Portanto, não há motivo para deter este passageiro em trânsito", declarou a fonte.

O especialista militar Pavel Felgenhauer ressaltou à AFP que a a Rússia não possui acordo de extradição com os Estados Unidos.

"Não tenho nenhuma informação sobre Snowden", declarou por sua vez o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, confirmou em Hanói, onde está em visita, que o governo de Quito analisa o pedido de asilo de Snowden e relacionou o caso à "liberdade de expressão".

Patiño defendeu o pedido de asilo e disse "o denunciado persegue o denunciante".


"O homem que tenta dar luz e transparência aos fatos que afetam todas as pessoas se vê perseguido por quem deveria dar explicações a governos e cidadãos sobre as denúncias apresentadas", afirmou o ministro à imprensa.

O Equador já concedeu asilo a Julian Assange, também procurado pelos Estados Unidos por ter publicado em 2010 centenas de milhares de documentos diplomáticos americanos confidenciais.

Assange, refugiado há um ano na embaixada do Equador em Londres para evitar uma extradição, expressou seu apoio a Edward Snowden.

A justiça americana indicou por sua vez que irá cooperar com os países para onde Snowden poderia ir.

"A caçada começou", declarou ao canal CBS Dianne Feinstein, presidente da comissão de inteligência do Senado americano.

O governo de Hong Kong, que confirmou a saída de Snowden de seu território, alegou não ter "bases legais" para impedir a viagem do ex-consultor de 30 anos, já que o governo dos Estados Unidos não entregou suficiente informação para justificar sua detenção e eventual extradição.


Um deputado de Hong Kong, Albert Ho, declarou nesta segunda-feira estar convencido de que Pequim orquestrou a partida do americano.

O anúncio da partida de Edward Snowden causou tensão. A Rússia, cujas relações com os Estados Unidos voltaram a estremecer recentemente, disse que está estudando o pedido de extradição apresentado por Washington de Edward Snowden, segundo uma fonte citada pela Interfax.

A fonte disse ainda que a Rússia não tem o direito de deter nem deportar Snowden "na medida em que não cruzou a fronteira russa", em uma referência à presença do jovem americano na zona de trânsito do aeroporto.

De acordo com uma fonte dos serviços secretos russos, o americano revelou informações confidenciais sobre os Estados Unidos.

"Os serviços de inteligência e os serviços de espionagem russos têm muitas questões a serem feitas a uma pessoa bem informada", declarou a fonte à agência.

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Moscou - O ex-agente da inteligência Edward Snowden, cuja extradição é pedida por Washington por acusação de espionagem, não embarcou no voo Moscou-Havana, e seu paradeiro era desconhecido nesta segunda-feira.

Snowden chegou a Moscou domingo à tarde e os Estados Unidos ameaçaram a Rússia de represálias por se recusar a entregar o fugitivo que pediu asilo político ao Equador.

Segundo Julian Assange, fundador do WikiLeaks, declarou que Snowden e uma de suas colaboradoras que o acompanha, Sarah Harrison, "estão sãos e seguros". Ele não quis informar seu paradeiro.

Os jornalistas da AFP a bordo da aeronave da companhia russa Aeroflot para Cuba não viram o jovem americano entre os passageiros.

"Edward Snowden não está a bordo, ele não tomou este voo", declarou à agência Interfax uma fonte dos serviços de segurança da capital russa, sem dar mais detalhes.

Mas, segundo uma fonte que não quis se identificar, "Edward Snowden provavelmente já deixou a Rússia. Ele decolou a bordo de um outro voo. É pouco provável que os jornalistas tenham testemunhado a sua partida".


Uma outra fonte do serviço de segurança do aeroporto afirmou, no entanto, que Snowden continua na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo de Moscou.

Snowden pretende viajar Havana e prosseguir em seguida para o Equador, país ao qual pediu asilo político.

O americano chegou no domingo a Moscou procedente de Hong Kong, de onde divulgou as informações sobre os programas de vigilância americanos e onde estava refugiado desde 20 de maio, depois de deixar sua casa no Havaí.

Registrado em um voo da companhia Aeroflot para Moscou, ele não foi visto no posto de controle de passaportes no aeroporto de Sheremetievo.

Aparentemente, ele passou a noite na zona de trânsito do aeroporto, onde há um hotel. Mas nenhum jornalista da AFP o viu.

Domingo à noite, o WikiLeaks anunciou que Snowden estava "indo em direção à República do Equador por um caminho seguro".


Acusado de espionagem, Edward Snowden pode ser condenado a 30 anos de prisão nos Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, John Kerry, ameaçou nesta segunda-feira a China e a Rússia de consequências, considerando "muito decepcionante" o fato do ex-agente da CIA e consultor de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA) ter conseguido viajar de Hong Kong para Moscou.

"Snowden traiu seu país", afirmou o chefe da diplomacia americana, em visita a Índia.

Washington pediu a Moscou que expulse o americano para que ele responda por seus atos, invocando a cooperação entre os dois países.

"Esperamos que sejam examinadas todas as opções disponíveis para enviar de volta aos Estados Unidos o senhor Snowden para que enfrente as acusações criminais formuladas", afirmou a porta-voz para temas de segurança, Caitlin Hayden.

Os Estados Unidos cancelaram o passaporte de Snowden para impedir que ele viaje, mas uma fonte da polícia russa citada pela agência Interfax afirmou no domingo que o Equador poderia emitir um novo documento em substituição.


Segundo uma fonte não identificada pela agência russa Interfax, Moscou não tem motivos para deter e extraditar Snowden, que divulgou informações explosivas sobre as operações de vigilância dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha na internet e nas comunicações telefônicas.

"Edward Snowden não cometeu crimes em território russo. Os serviços de segurança russos não receberam um pedido de detenção da Interpol. Portanto, não há motivo para deter este passageiro em trânsito", declarou a fonte.

O especialista militar Pavel Felgenhauer ressaltou à AFP que a a Rússia não possui acordo de extradição com os Estados Unidos.

"Não tenho nenhuma informação sobre Snowden", declarou por sua vez o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, confirmou em Hanói, onde está em visita, que o governo de Quito analisa o pedido de asilo de Snowden e relacionou o caso à "liberdade de expressão".

Patiño defendeu o pedido de asilo e disse "o denunciado persegue o denunciante".


"O homem que tenta dar luz e transparência aos fatos que afetam todas as pessoas se vê perseguido por quem deveria dar explicações a governos e cidadãos sobre as denúncias apresentadas", afirmou o ministro à imprensa.

O Equador já concedeu asilo a Julian Assange, também procurado pelos Estados Unidos por ter publicado em 2010 centenas de milhares de documentos diplomáticos americanos confidenciais.

Assange, refugiado há um ano na embaixada do Equador em Londres para evitar uma extradição, expressou seu apoio a Edward Snowden.

A justiça americana indicou por sua vez que irá cooperar com os países para onde Snowden poderia ir.

"A caçada começou", declarou ao canal CBS Dianne Feinstein, presidente da comissão de inteligência do Senado americano.

O governo de Hong Kong, que confirmou a saída de Snowden de seu território, alegou não ter "bases legais" para impedir a viagem do ex-consultor de 30 anos, já que o governo dos Estados Unidos não entregou suficiente informação para justificar sua detenção e eventual extradição.


Um deputado de Hong Kong, Albert Ho, declarou nesta segunda-feira estar convencido de que Pequim orquestrou a partida do americano.

O anúncio da partida de Edward Snowden causou tensão. A Rússia, cujas relações com os Estados Unidos voltaram a estremecer recentemente, disse que está estudando o pedido de extradição apresentado por Washington de Edward Snowden, segundo uma fonte citada pela Interfax.

A fonte disse ainda que a Rússia não tem o direito de deter nem deportar Snowden "na medida em que não cruzou a fronteira russa", em uma referência à presença do jovem americano na zona de trânsito do aeroporto.

De acordo com uma fonte dos serviços secretos russos, o americano revelou informações confidenciais sobre os Estados Unidos.

"Os serviços de inteligência e os serviços de espionagem russos têm muitas questões a serem feitas a uma pessoa bem informada", declarou a fonte à agência.

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