Sistema de biofiltro diminui emissão de metano em aterros
O pesquisador esclarece que o processo biológico de oxidação do metano foi descoberto há anos e já é amplamente difundido
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2012 às 15h34.
São Paulo – Um sistema de biofiltros que diminui a quantidade de gás metano (CH4) lançado na atmosfera está sendo testado no Aterro Sanitário de Campinas, a 85 quilômetros da capital paulista. O projeto desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) lança uma cobertura de bactérias no aterro que filtra o CH4 produzido pelo lixo , transformando o gás poluente em água e gás carbônico. O processo biológico de oxidação do metano diminui até 50% a emissão do gás de efeito estufa.
O professor Fernando Marinho, coordenador da pesquisa, destaca que o gás carbônico é 21 vezes menos potente para gerar efeito estufa que o metano. “A ideia é estudar qual a eficiência desse processo para que ele possa ser usado na cobertura de aterro de resíduos sólidos, seja ele sanitário ou não”, explicou. Segundo ele, a solução pode ser adequada, sobretudo, para diminuição das emissões de poluentes em lixões, tendo em vista que, mesmo desativados, eles continuarão a produzir gases.
O pesquisador esclarece que o processo biológico de oxidação do metano foi descoberto há anos e já é amplamente difundido. A novidade dos estudos brasileiros está na aplicação em campo da tecnologia. “A maioria dos estudos eram feitos em laboratório. Iniciamos em 2004, juntamente com uma universidade canadense, os estudos em campo”, disse.
Mesmo em aterros onde o gás é coletado e utilizado na geração de energia, parte do metano foge para a atmosfera, informou o professor. “Cobrindo o aterro com o biofiltro, a pequena parcela que escaparia é transformada em gás carbônico”, destacou. Ele acredita que a combinação de aterros que coletam o gás e utilizam o filtro diminuiria ainda mais a emissão dos poluentes.
Marinho estima que a redução da emissão, com esse projeto, varia entre 20% e 50%. “[Quantificar] é um dos aspectos mais difíceis da pesquisa, porque a oxidação é muito dependente da condição atmosférica. Em uma semana pode oxidar muito, na outra, pode estar oxidando mais”, esclareceu. Ele informou que esse procedimento ainda está sendo estudado. A partir do cálculo da quantidade de metano que deixa de ir para a atmosfera, o sistema de biofiltro poderá gerar créditos de carbono.
Além do aterro em Campinas, o projeto já foi desenvolvido em Caxias do Sul (RS) e começa a se expandir para outras cidades, entres elas o Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Ainda não há previsão, no entanto, para uma larga difusão do biofiltro. “Estamos desenvolvendo a pesquisa e fazendo a divulgação. Aqueles municípios que se interessarem, nós daremos assistência. É uma iniciativa dos municípios”, propõe o pesquisador.
São Paulo – Um sistema de biofiltros que diminui a quantidade de gás metano (CH4) lançado na atmosfera está sendo testado no Aterro Sanitário de Campinas, a 85 quilômetros da capital paulista. O projeto desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) lança uma cobertura de bactérias no aterro que filtra o CH4 produzido pelo lixo , transformando o gás poluente em água e gás carbônico. O processo biológico de oxidação do metano diminui até 50% a emissão do gás de efeito estufa.
O professor Fernando Marinho, coordenador da pesquisa, destaca que o gás carbônico é 21 vezes menos potente para gerar efeito estufa que o metano. “A ideia é estudar qual a eficiência desse processo para que ele possa ser usado na cobertura de aterro de resíduos sólidos, seja ele sanitário ou não”, explicou. Segundo ele, a solução pode ser adequada, sobretudo, para diminuição das emissões de poluentes em lixões, tendo em vista que, mesmo desativados, eles continuarão a produzir gases.
O pesquisador esclarece que o processo biológico de oxidação do metano foi descoberto há anos e já é amplamente difundido. A novidade dos estudos brasileiros está na aplicação em campo da tecnologia. “A maioria dos estudos eram feitos em laboratório. Iniciamos em 2004, juntamente com uma universidade canadense, os estudos em campo”, disse.
Mesmo em aterros onde o gás é coletado e utilizado na geração de energia, parte do metano foge para a atmosfera, informou o professor. “Cobrindo o aterro com o biofiltro, a pequena parcela que escaparia é transformada em gás carbônico”, destacou. Ele acredita que a combinação de aterros que coletam o gás e utilizam o filtro diminuiria ainda mais a emissão dos poluentes.
Marinho estima que a redução da emissão, com esse projeto, varia entre 20% e 50%. “[Quantificar] é um dos aspectos mais difíceis da pesquisa, porque a oxidação é muito dependente da condição atmosférica. Em uma semana pode oxidar muito, na outra, pode estar oxidando mais”, esclareceu. Ele informou que esse procedimento ainda está sendo estudado. A partir do cálculo da quantidade de metano que deixa de ir para a atmosfera, o sistema de biofiltro poderá gerar créditos de carbono.
Além do aterro em Campinas, o projeto já foi desenvolvido em Caxias do Sul (RS) e começa a se expandir para outras cidades, entres elas o Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Ainda não há previsão, no entanto, para uma larga difusão do biofiltro. “Estamos desenvolvendo a pesquisa e fazendo a divulgação. Aqueles municípios que se interessarem, nós daremos assistência. É uma iniciativa dos municípios”, propõe o pesquisador.