Refugiados sírios na fronteira com a Jordânia: o alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, disse que os ataques foram quase deliberadamente um crime de guerra (Muhammad Hamed / Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2016 às 12h27.
Beirute/Genebra - O Exército sírio negou nesta sexta-feira a realização de ataques aéreos contra acampamentos próximos à fronteira turca na véspera, que mataram ao menos 28 pessoas, mas o chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que relatos iniciais sugerem que um avião do governo da Síria foi responsável pelo incidente.
O número de mortos do ataque ao acampamento próximo à cidade de Sarmada inclui mulheres e crianças, relatou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, e pode aumentar por conta do número de pessoas feridas seriamente.
"Não há verdade nestes relatos... sobre a Força Aérea da Síria atingindo um acampamento para desabrigados nas redondezas de Idlib", informou o exército da Síria em comunicado nesta sexta-feira divulgado pela mídia estatal.
O alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, disse que os ataques foram quase deliberadamente um crime de guerra.
"Dado que estas tendas estão nestes locais há diversas semanas, e podem claramente ser vistas do ar, é muito pouco provável que estes ataques assassinos tenham sido acidentais", disse Zeid em comunicado.
"Minha equipe, junto de outras organizações, não deixarão pedras sem virar nos esforços para pesquisas e gravar evidências do que parece ter sido um crime particularmente desprezível e calculado contra um grupo de pessoas extremamente vulneráveis", disse.