Síria está disposta a proibir uso de armas químicas
"Estamos dispostos a informar sobre o paradeiro das armas químicas", ressaltou Walid Muallem, ministro das Relações Exteriores da Síria
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 16h35.
Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Síria , Walid Muallen, anunciou nesta terça-feira que seu país está disposto a assinar a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas com o objetivo de renunciar a esse tipo de armamento.
"Queremos nos somar a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas. Estamos dispostos a assumir todas nossas obrigações conforme essa convenção, incluindo a entrega de dados sobre (a localização de) essas armas", afirmou o ministro sírio, citado pela agência "Interfax".
Pouco antes, o presidente russo, Vladimir Putin, chegou a pedir ao regime sírio assinar essa convenção, em vigor desde 1997 e que foi assinada por 195 países, incluindo os Estados Unidos, Rússia e Israel, embora este último país não tenha ratificado seu apoio.
"Estamos dispostos a informar sobre o paradeiro das armas químicas, suspender a produção de armas químicas e também mostrar essas instalações aos representantes da Rússia, de outros países e da ONU", ressaltou Muallem.
O chefe da diplomacia síria explicou que a decisão de Damasco de "se adscrever à iniciativa russa tem o objetivo de pôr fim à posse de todas as armas químicas"
"Estou facultado para confirmar nosso apoio à iniciativa russa em relação às armas químicas na Síria e de acordo com a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas. Estamos dispostos a colaborar plenamente na realização desta iniciativa", indicou.
Segundo esse documento internacional, os 195 países que já assinaram - Rússia e EUA possuem a maioria dessas armas - estão obrigados a desmantelar todo seu armamento químico.
O último país a utilizar armas químicas foi o Iraque, sob o regime de Saddam Hussein, primeiro na guerra contra o Irã e depois, em 1988, contra a cidade curda de Halabja.
Por enquanto, a Síria e outros regimes questionados pelo Ocidente, como o da Coreia do Norte e de Mianmar, ainda não assinaram essa citada convenção.
Putin, cujo país já anunciou a destruição de 76% de seu arsenal químico, expressou sua confiança em que a Síria tomaria uma "decisão responsável" a respeito.
"Esperamos que nossos parceiros sírios tomem uma decisão responsável. E que não só ponham suas armas químicas sob controle, mas que também aceitem sua posterior destruição e que se somem a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas", apontou.
No entanto, Putin advertiu que a proposta russa sobre o controle de armas químicas da Síria só terá efeito se os EUA e seus aliados renunciarem ao uso da força contra o regime do presidente Bashar al Assad.
"É difícil obrigar algum país, seja Síria ou qualquer outro, a se desarmar de maneira unilateral se houver um plano de ação de força contra ele", comentou.
Putin lembrou que "é bem conhecido que a Síria dispõe de um determinado arsenal de armas químicas e que os sírios sempre o viram como uma alternativa às armas nucleares de Israel".
Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que sopesaria suspender um possível ataque militar à Síria se o regime de Assad aceitasse a proposta russa. EFE
Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Síria , Walid Muallen, anunciou nesta terça-feira que seu país está disposto a assinar a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas com o objetivo de renunciar a esse tipo de armamento.
"Queremos nos somar a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas. Estamos dispostos a assumir todas nossas obrigações conforme essa convenção, incluindo a entrega de dados sobre (a localização de) essas armas", afirmou o ministro sírio, citado pela agência "Interfax".
Pouco antes, o presidente russo, Vladimir Putin, chegou a pedir ao regime sírio assinar essa convenção, em vigor desde 1997 e que foi assinada por 195 países, incluindo os Estados Unidos, Rússia e Israel, embora este último país não tenha ratificado seu apoio.
"Estamos dispostos a informar sobre o paradeiro das armas químicas, suspender a produção de armas químicas e também mostrar essas instalações aos representantes da Rússia, de outros países e da ONU", ressaltou Muallem.
O chefe da diplomacia síria explicou que a decisão de Damasco de "se adscrever à iniciativa russa tem o objetivo de pôr fim à posse de todas as armas químicas"
"Estou facultado para confirmar nosso apoio à iniciativa russa em relação às armas químicas na Síria e de acordo com a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas. Estamos dispostos a colaborar plenamente na realização desta iniciativa", indicou.
Segundo esse documento internacional, os 195 países que já assinaram - Rússia e EUA possuem a maioria dessas armas - estão obrigados a desmantelar todo seu armamento químico.
O último país a utilizar armas químicas foi o Iraque, sob o regime de Saddam Hussein, primeiro na guerra contra o Irã e depois, em 1988, contra a cidade curda de Halabja.
Por enquanto, a Síria e outros regimes questionados pelo Ocidente, como o da Coreia do Norte e de Mianmar, ainda não assinaram essa citada convenção.
Putin, cujo país já anunciou a destruição de 76% de seu arsenal químico, expressou sua confiança em que a Síria tomaria uma "decisão responsável" a respeito.
"Esperamos que nossos parceiros sírios tomem uma decisão responsável. E que não só ponham suas armas químicas sob controle, mas que também aceitem sua posterior destruição e que se somem a Convenção Internacional para a Proibição de Armas Químicas", apontou.
No entanto, Putin advertiu que a proposta russa sobre o controle de armas químicas da Síria só terá efeito se os EUA e seus aliados renunciarem ao uso da força contra o regime do presidente Bashar al Assad.
"É difícil obrigar algum país, seja Síria ou qualquer outro, a se desarmar de maneira unilateral se houver um plano de ação de força contra ele", comentou.
Putin lembrou que "é bem conhecido que a Síria dispõe de um determinado arsenal de armas químicas e que os sírios sempre o viram como uma alternativa às armas nucleares de Israel".
Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que sopesaria suspender um possível ataque militar à Síria se o regime de Assad aceitasse a proposta russa. EFE