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Síria aceita cessar-fogo em região rebelde próxima a Damasco

Sitiada desde 2013 pelo regime de Bashar al-Assad, a Guta Oriental é uma das quatro zonas de "desescalada" criadas este ano

Síria: trégua foi acordada em um encontro com a delegação da oposição síria (Rodi Said/Reuters)

Síria: trégua foi acordada em um encontro com a delegação da oposição síria (Rodi Said/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 12h28.

A Síria aceitou estabelecer um cessar-fogo em Guta Oriental, região rebelde próxima a Damasco onde um acordo de distensão já havia sido instaurado, informou nesta terça-feira o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura.

"Acabo de ser informado pelos russos que durante a reunião do P5", que reúne nesta terça em Genebra representantes dos membros permanentes do Conselho de Segurança, "a Rússia propôs - e o governo aceitou - um cessar-fogo em Guta Oriental", declarou o diplomata à imprensa, após um encontro com a delegação da oposição síria.

Sitiada desde 2013 pelo regime de Bashar al-Assad, a Guta Oriental é uma das quatro zonas de "desescalada" criadas este ano em certas regiões do país, a fim de estabelecer uma trégua duradoura.

Apesar disso, o regime intensificou este mês seus ataques aéreos nesta região, onde cerca de 400 mil pessoas já enfrentam uma grave escassez de alimentos e remédios.

Em 9 de novembro, a ONU pediu a evacuação de 400 pacientes, 29 dos quais correndo risco de morte, de Guta Oriental.

Desde então, "não houve evacuação", indicou nesta terça-feira um porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ochoa), Jens Laerke.

"O deslocamento entre as cidades (em Guta Oriental) é extremamente limitado por causa da situação de segurança nas últimas semanas, o que está causando mais sofrimento para a população civil, que já enfrenta uma rápida deterioração nas condições humanitárias no país devido a uma falta de alimentos, medicamentos e outros suprimentos básicos", disse ele.

Apesar da insegurança, o Programa Mundial de Alimentos (PAM) distribuiu ajuda alimentar a mais de 110 mil pessoas em Guta desde setembro.

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