Glenn Greenwald: Greenwald, jornalista americano que mora no Brasil, pediu demissão há duas semanas do jornal britânico The Guardian (Lia de Paula/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 14h44.
Miami - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta terça-feira toda forma de perseguição contra o jornalista americano Glenn Greenwald, que denunciou a espionagem cibernética dos Estados Unidos no mundo, e apoiou suas atividades jornalísticas.
"Durante nossa Assembleia Geral em Denver (Colorado), ficamos cientes das pressões exercitas por governos contra os cidadãos para que façam - ou aceitem - uma falsa escolha entre liberdade de expressão e segurança nacional", expressou o presidente da comissão de liberdade de imprensa e informação da SIP, Claudio Paolillo, em um comunicado de imprensa divulgado nesta terça-feira em Miami.
Greenwald, jornalista americano que mora no Brasil, pediu demissão há duas semanas do jornal britânico The Guardian, onde em junho publicou as primeiras revelações do ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden, foragido da justiça americana, que o acusa de espionagem, e que se asila temporariamente na Rússia.
Em agosto, o governo britânico deteve o companheiro de Greenwald, o brasileiro David Miranda, no aeroporto de Londres, e apreendeu material jornalístico que ele transportava em direção ao Brasil.
As autoridades britânicas não esclareceram se Greenwald e Miranda estão sob investigação criminal pela revelação dos detalhes sobre o programa de vigilância governamental.
"Em nossa opinião, o trabalho jornalístico de Greenwald provocou preocupação justificada entre líderes de governos e cidadãos", indicou Paolillo. "
Apoiamos Greenwald e seus colegas jornalistas para que exerçam sua atividade profissional sem perseguição ou intimidação do governo".