Serra atribui a Dilma vazamento de dados de tucano
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, atribuiu a quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do seu partido, Eduardo Jorge, à campanha de Dilma Rousseff (PT). "Vocês quebraram o sigilo bancário de um vice-presidente do PSDB. Passaram esse resultado do seu comitê para a Folha", acusou, referindo-se ao jornal […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, atribuiu a quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do seu partido, Eduardo Jorge, à campanha de Dilma Rousseff (PT). "Vocês quebraram o sigilo bancário de um vice-presidente do PSDB. Passaram esse resultado do seu comitê para a Folha", acusou, referindo-se ao jornal Folha de S.Paulo. "Não se pode caluniar", disse Dilma. "Quem acusa tem de provar", rebateu a candidata petista, durante debate promovido na manhã de hoje pela Folha e pelo UOL.
Serra responsabilizou também o Ministério da Educação (MEC) pelo vazamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de dados sigilosos de estudantes inscritos para a prova. O tucano disse que o governo federal desmoralizou o sistema de avaliação de ensino, que foi criado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O Enem acabou sendo desmoralizado no Brasil no ano passado com esse incrível vazamento. Tivemos um problema maior ainda de desprestígio, desmoralização e desrespeito", afirmou.
Dilma afirmou que a acusação era um "verdadeiro absurdo" e atribuiu à gráfica a responsabilidade pelo vazamento da prova. "A gráfica está sendo objeto inclusive de investigação da Polícia Federal (PF). É uma gráfica inclusive respeitável, pode não ter sido ela, mas o vazamento aconteceu dentro dela", alegou. "Sabemos que qualquer sistema é passível de ser vazado."
Sobre as informações dos estudantes que também vazaram, Dilma disse que o caso está sendo apurado. "Se usarmos o método que sempre usamos no governo Lula, de investigar, apurar e punir, vamos acabar com a impunidade e os vazamentos", disse.
Ensino técnico
Dilma partiu para o ataque e afirmou que uma lei aprovada durante o governo FHC impediu o avanço do ensino técnico no País uma vez que a União bancaria a construção das escolas, mas Estados e municípios teriam que se responsabilizar pelo custeio. "Acabaram em 1998 com a possibilidade de o governo federal fazer escolas técnicas. Fomos ao Congresso e acabamos com a lei", disse ela, citando a construção de 214 escolas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Serra foi incisivo ao responder: "Isso é uma mentira que vocês estão divulgando o tempo todo."
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