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Separatistas se negam a negociar libertação mediante sanções

Prefeito autoproclamado disse que só vai discutir com libertação de observadores militares se a União Europeia retirar sanções impostas

Vyacheslav Ponomaryov: "Se eles não removerem as sanções, então vamos bloquear o acesso de representantes da União Europeia, e eles não serão capazes de chegar até nós" (Gleb Garanich/Reuters)

Vyacheslav Ponomaryov: "Se eles não removerem as sanções, então vamos bloquear o acesso de representantes da União Europeia, e eles não serão capazes de chegar até nós" (Gleb Garanich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 08h26.

Kiev - O autoproclamado prefeito de uma cidade no leste da Ucrânia liderada por separatistas disse nesta terça-feira que só vai discutir com o Ocidente a libertação de observadores militares detidos se a União Europeia retirar as sanções impostas a líderes rebeldes.

Vyacheslav Ponomaryov, o prefeito de facto de Slaviansk, disse à agência de notícias Interfax que a imposição de proibição de viagens e congelamentos de ativos contra Denis Pushilin, líder da recém-proclamada República Popular de Donetsk, e Andrei Purgin, outro líder do leste ucraniano, "não conduz ao diálogo".

Os seis observadores estavam na Ucrânia em missão da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), um órgão de fiscalização da democracia. Eles foram detidos na semana passada após separatistas terem afirmado que localizaram um espião ucraniano com eles.

"Vamos retomar o diálogo sobre o status dos prisioneiros de guerra somente quando a União Europeia rejeitar essas sanções", disse ele. "Se eles não removerem as sanções, então vamos bloquear o acesso de representantes da União Europeia, e eles não serão capazes de chegar até nós. Vou lembrar aos meus convidados da OSCE sobre isso." A União Europeia impôs o congelamento de ativos e proibição de viagens a 15 russos e ucranianos devido à anexação da região da Crimeia e ao que a UE diz ser um apoio russo aos separatistas.

Moscou afirma não ter qualquer envolvimento nos acontecimentos do leste da Ucrânia e alega que ucranianos de fala russa ocuparam prédios do governo para demonstrar preocupação com seus direitos após a chegada ao poder em Kiev de um governo pró-Ocidente.

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