Segurança de Fukushima é superestimada, aponta relatório
Grupo de analistas criado pelo atual governo considera que TEPCO não respondeu adequadamente ao desastre de 11 de março
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2012 às 20h47.
Tóquio - Um relatório publicado nesta segunda-feira por especialistas acusa a TEPCO, a operadora de Fukushima, e o governo japonês de superestimar a segurança da usina , o que originou a resposta ineficiente ao terremoto e ao tsunami que atingiram o país em março de 2011.
''A empresa e os órgãos reguladores estavam muito confiantes e consideravam que eventos piores aos incluídos em suas estimativas não aconteceriam, por isso não foram conscientes de que as medidas para evitar o pior dos cenários apresentavam muitas falhas'', explicou o documento.
Foi por essa razão que o grupo de analistas criado pelo atual governo considera que TEPCO não respondeu adequadamente ao desastre de 11 de março, que inutilizou em Fukushima a refrigeração dos reatores e o abastecimento elétrico de emergência.
''A TEPCO disse que a perda de quase todas as fontes de eletricidade devido a um terremoto e um tsunami superou suas previsões. Mas isso aconteceu porque a empresa simplesmente decidiu não incluir este cenário dentro de suas hipóteses, baseando-se em um mito sem fundamento sobre a segurança'', analisou o relatório.
Este excesso de confiança, apontou o documento, fez com que os funcionários da TEPCO não tivessem treino suficiente para atuar e pensar de maneira mais flexível diante do ocorrido.
Os analistas sublinharam que isso provocou, por exemplo, que a injeção de água para o reator 3 fosse suspensa por mais de seis horas pois os técnicos o fecharam sem pensar antes na necessidade de criar um sistema de refrigeração alternativo.
O relatório publicado hoje, o quarto documento que aponta a falta de preparação da TEPCO para enfrentar um desastre como o de Fukushima, concluiu além disso que a investigação interna levada a cabo pela operadora ''não é suficiente para esclarecer'' o que ocorreu durante a crise.
O relatório informou ainda que os organismos encarregados de regular o setor nuclear no Japão foram ineficientes e lentos. O documento lembrou que a Agência de Segurança Nuclear do Japão se opôs em 2006 a implementar um plano para reforçar a segurança das usinas do país.
Tóquio - Um relatório publicado nesta segunda-feira por especialistas acusa a TEPCO, a operadora de Fukushima, e o governo japonês de superestimar a segurança da usina , o que originou a resposta ineficiente ao terremoto e ao tsunami que atingiram o país em março de 2011.
''A empresa e os órgãos reguladores estavam muito confiantes e consideravam que eventos piores aos incluídos em suas estimativas não aconteceriam, por isso não foram conscientes de que as medidas para evitar o pior dos cenários apresentavam muitas falhas'', explicou o documento.
Foi por essa razão que o grupo de analistas criado pelo atual governo considera que TEPCO não respondeu adequadamente ao desastre de 11 de março, que inutilizou em Fukushima a refrigeração dos reatores e o abastecimento elétrico de emergência.
''A TEPCO disse que a perda de quase todas as fontes de eletricidade devido a um terremoto e um tsunami superou suas previsões. Mas isso aconteceu porque a empresa simplesmente decidiu não incluir este cenário dentro de suas hipóteses, baseando-se em um mito sem fundamento sobre a segurança'', analisou o relatório.
Este excesso de confiança, apontou o documento, fez com que os funcionários da TEPCO não tivessem treino suficiente para atuar e pensar de maneira mais flexível diante do ocorrido.
Os analistas sublinharam que isso provocou, por exemplo, que a injeção de água para o reator 3 fosse suspensa por mais de seis horas pois os técnicos o fecharam sem pensar antes na necessidade de criar um sistema de refrigeração alternativo.
O relatório publicado hoje, o quarto documento que aponta a falta de preparação da TEPCO para enfrentar um desastre como o de Fukushima, concluiu além disso que a investigação interna levada a cabo pela operadora ''não é suficiente para esclarecer'' o que ocorreu durante a crise.
O relatório informou ainda que os organismos encarregados de regular o setor nuclear no Japão foram ineficientes e lentos. O documento lembrou que a Agência de Segurança Nuclear do Japão se opôs em 2006 a implementar um plano para reforçar a segurança das usinas do país.