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Geithner encontra Congresso para evitar abismo fiscal

Geithner foi escolhido pelo presidente Barack Obama como líder das negociações entre democratas e republicanos

Tim Geithner: o secretário pretende fornecer um estímulo de US$ 50 bilhões e aumentar impostos (Jewel Samad/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 22h14.

O secretário de Tesouro dos Estados Unidos , Timothy Geithner, se reuniu nesta quinta-feira com os líderes de ambas câmaras do Congresso para começar a assentar as bases da negociação que deve evitar que no começo do ano o país caia no temido 'abismo fiscal'.

Geithner, que antes de abandonar seu posto, como já antecipou, foi eleito pelo presidente Barack Obama para liderar as negociações que devem pôr de acordo democratas e republicanos no Congresso, começou hoje os primeiros contatos no Capitólio.

A proposta do Executivo inclui um aumento de US$ 1,6 trilhão em receita pelo aumento de impostos durante a próxima década, com um plano de investimentos e estímulo de US$ 50 bilhões, algo que os republicanos afirmaram ser uma proposta 'pouco séria'.

Após a reunião, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, rebaixou as expectativas de avanço rápido ao assegurar que nas últimas duas semanas 'não houve progressos significativos entre a Casa Branca e a Câmara baixa'.

Obama designou Geithner para que consiga que os republicanos aceitem um aumento dos impostos sobre as rendas superiores aos US$ 250 mil anuais, de modo que o Governo aumente sua receita e possa reduzir o déficit e frear o aumento da dívida.


Os republicanos querem que o pacto para reduzir o déficit se centre na redução do gasto público, especialmente em programas sociais cujo custo disparou como o Medicare, o programa médico para aposentados, que consideram insustentável.

Já o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, criticou hoje que a Casa Branca siga focada em aumentar os impostos aos ricos, sem especificar como conseguir a viabilidade do Medicare e outros programas sociais, e ao mesmo tempo reduzir a dívida.

Os democratas também não cederam em seu discurso e em suas exigências para que as prorrogações dos cortes tributários estipulados durante a presidência de George W. Bush (2001-2009) sejam aplicados somente à classe média e não aos mais ricos.

'Os republicanos sabem nossa postura, ainda esperamos uma proposta séria deles', assegurou hoje o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid.

A pouco mais de um mês para que complete o prazo, ainda não se vislumbra um princípio de acordo que evite um abismo que poderia levar a principal economia mundial à recessão e afetar o crescimento global. EFE

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Geithner, que antes de abandonar seu posto, como já antecipou, foi eleito pelo presidente Barack Obama para liderar as negociações que devem pôr de acordo democratas e republicanos no Congresso, começou hoje os primeiros contatos no Capitólio.

A proposta do Executivo inclui um aumento de US$ 1,6 trilhão em receita pelo aumento de impostos durante a próxima década, com um plano de investimentos e estímulo de US$ 50 bilhões, algo que os republicanos afirmaram ser uma proposta 'pouco séria'.

Após a reunião, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, rebaixou as expectativas de avanço rápido ao assegurar que nas últimas duas semanas 'não houve progressos significativos entre a Casa Branca e a Câmara baixa'.

Obama designou Geithner para que consiga que os republicanos aceitem um aumento dos impostos sobre as rendas superiores aos US$ 250 mil anuais, de modo que o Governo aumente sua receita e possa reduzir o déficit e frear o aumento da dívida.


Os republicanos querem que o pacto para reduzir o déficit se centre na redução do gasto público, especialmente em programas sociais cujo custo disparou como o Medicare, o programa médico para aposentados, que consideram insustentável.

Já o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, criticou hoje que a Casa Branca siga focada em aumentar os impostos aos ricos, sem especificar como conseguir a viabilidade do Medicare e outros programas sociais, e ao mesmo tempo reduzir a dívida.

Os democratas também não cederam em seu discurso e em suas exigências para que as prorrogações dos cortes tributários estipulados durante a presidência de George W. Bush (2001-2009) sejam aplicados somente à classe média e não aos mais ricos.

'Os republicanos sabem nossa postura, ainda esperamos uma proposta séria deles', assegurou hoje o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid.

A pouco mais de um mês para que complete o prazo, ainda não se vislumbra um princípio de acordo que evite um abismo que poderia levar a principal economia mundial à recessão e afetar o crescimento global. EFE

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